Acidente com micro-ônibus que deixou dois mortos em Juiz de Fora completa um mês; causa ainda é investigada
Coletivo saiu da pista na Rua João Duarte da Silveira, no Bairro Niterói, desceu um barranco e tombou em meio à vegetação. Ao todo, oito pessoas ficaram feridas.
Micro-ônibus do transporte público de Juiz de Fora caiu em barranco — Foto: Marcus Pena/TV Integração
O acidente com um micro-ônibus do transporte público de Juiz de Fora, que vitimou dois idosos, completa um mês nesta quinta-feira (19), com a Polícia Civil à espera do resultado dos laudos periciais para concluir as investigações.
Clique aqui e siga o perfil Diário do Estado no Instagram
O coletivo fazia a linha 300 (Campo Alegre/Via Granjas Primavera) quando saiu da pista na Rua João Duarte da Silveira, desceu um barranco e tombou em meio à vegetação. Ao todo, oito pessoas ficaram feridas.
Um idoso de 69 anos morreu ainda no dia da ocorrência, e outra vítima, também idosa, faleceu após quase 20 dias internada.
A passageira Fabiana Fagundes, de 49 anos, havia recebido alta, mas precisou ser hospitalizada novamente no HPS para passar por um novo procedimento. O estado de saúde dela é estável.
Sobre a investigação, a Polícia Civil afirmou que o caso segue em apuração pela 6ª Delegacia. Oitivas foram realizadas e o exame pericial foi solicitado.
Moradores do Bairro Niterói reclamam de rua precária e falta de ônibus em Juiz de Fora
Moradores do Bairro Niterói, também conhecido como Campo Alegre, denunciaram as más condições da estrada principal. O trecho, sem asfalto e cheio de buracos, preocupa motoristas e pedestres.
A professora Maria Eduarda do Carmo afirmou que a via se torna ainda mais perigosa em dias de chuva.
> “Esburacada, sem iluminação. A falta de iluminação também preocupa muito, porque não dá para ver o movimento dos caminhões […] É bem difícil o acesso para nós, do bairro”, disse.
A estrada era usada pela linha 300 do transporte urbano que, após o acidente, deixou de circular pela região. Agora, para chegar ao ponto de ônibus, os moradores precisam descer uma escadaria íngreme, com cerca de 500 metros, além de atravessar a linha férrea.
Conforme os usuários, o caminho não tem acessibilidade e passa por uma área isolada. O mato alto e a distância até o ponto dificultam ainda mais. A recicladora Flávia Helena Dias da Silva relatou casos de assaltos e tentativa de estupro, além da precariedade do trajeto em dias de chuva.
O QUE DIZ A PREFEITURA?
Em nota, a Secretaria de Mobilidade Urbana informou que monitora o local do acidente para tomar as providências necessárias, e que todos os serviços sob responsabilidade da Prefeitura, como limpeza da rua e remoção da vegetação em via pública, já foram realizados.
A pasta também explicou que aguarda o laudo da Polícia Civil para encaminhar qualquer projeto a ser realizado na região, inclusive o atendimento de transporte público.
Futuras intervenções na infraestrutura do local estão cadastradas como projeto e precisam de avaliação conjunta com a Cesama.
Ainda conforme a Prefeitura, a linha opera normalmente, mas está interrompida, por segurança, apenas no trecho onde ocorreu o acidente.
Micro-ônibus capota e cai em barranco no Bairro Niterói, em Juiz de Fora
Siga o Diário do Estado: WhatsApp e Facebook
VÍDEOS: VEJA TUDO SOBRE A ZONA DA MATA E CAMPOS DAS VERTENTES
50 vídeos