Investigação da morte de escaladora em Andradas: Perícia da Pedra do Elefante

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Perícia do Diário do Estado investiga morte de escaladora que caiu de pedra de quase 100 metros no Sul de Minas

Daiane Marques, de 36 anos, caiu de uma altura de cerca de 93 metros no último sábado (6), enquanto fazia rapel no local, que é conhecido por atrair praticantes de esportes de aventura.

Morte em escalada: Polícia Civil começa a perícia na Pedra do Elefante, em Andradas

A Polícia Civil realiza nesta terça-feira (8) uma perícia na Pedra do Elefante, em Andradas (MG), para tentar esclarecer as causas da morte da escaladora Daiane Marques, de 36 anos. Ela caiu de uma altura de cerca de 93 metros no último sábado (6), enquanto fazia rapel no local, que é conhecido por atrair praticantes de esportes de aventura.

Daiane era de Cordeirópolis (SP), no interior de São Paulo, e estava acompanhada de dois amigos no momento do acidente. Segundo o Corpo de Bombeiros, ela já estava na fase de descida quando sofreu a queda. Ela morreu no local.

O resgate foi feito por bombeiros de Andradas e durou até a madrugada de domingo (7), por causa da dificuldade de acesso. A área é de mata fechada e fica a cerca de seis quilômetros da estrada mais próxima. Quando os militares chegaram, a vítima já estava sem sinais vitais e com múltiplos ferimentos. O corpo foi levado para o IML de Poços de Caldas e enterrado no domingo à tarde, em Cordeirópolis.

TRABALHO DA PERÍCIA

A perícia foi iniciada por volta das 10h15 desta terça-feira. Um perito criminal da Polícia Civil subiu até o topo da pedra com apoio de três guardas municipais e quatro praticantes de escalada e rapel — entre eles, os dois amigos que estavam com Daiane no dia do acidente. Um drone está sendo usado para ajudar na análise da área e reconstrução da dinâmica da queda.

A delegada Michele Rocha, que acompanha as investigações, destacou a importância do trabalho técnico para entender o que pode ter causado a queda.

“Solicitamos a presença das pessoas que estavam com ela no dia do acidente. Elas estão explicando aos peritos como foi a descida, onde ela estava, a que distância do chão, para que possamos entender toda a dinâmica”, disse a delegada.

POSSÍVEIS CAUSAS

Segundo o tenente Lino, do Corpo de Bombeiros de Andradas, o local não tem histórico recente de acidentes. De acordo com ele, o equipamento utilizado normalmente é seguro, e a perícia vai avaliar todas as possibilidades.

“As causas vão ser apontadas pela perícia. O material de rapel é superdimensionado, as cordas aguentam mais peso do que o necessário, e as ancoragens são seguras. Pode ter sido falha humana, falha nas cordas ou no equipamento de proteção individual”, afirmou.

O tenente também explicou que, mesmo sem ferimentos, os dois amigos de Daiane estavam abalados e chegaram a apresentar sinais de hipotermia durante o resgate.

Daiane era funcionária pública e atuava na Secretaria de Meio Ambiente de Cordeirópolis há 10 anos. Nas redes sociais, amigos lamentaram a morte e lembraram que ela tinha cerca de oito anos de experiência em escaladas e rapel.

A Polícia Civil aguarda agora os laudos da perícia e do IML para concluir o inquérito.

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