A Polícia Civil de Barretos está investigando se um ex-policial tinha autorização para a posse da bomba que atingiu um pintor na cidade. A vítima perdeu os dedos de uma mão ao pegar o artefato sem saber do que se tratava. Em seu depoimento, o ex-policial, proprietário da casa onde o acidente ocorreu, afirmou não ter conhecimento da existência do explosivo.

De acordo com o delegado Gustavo Rodrigo Lopes Coelho, responsável pela investigação do caso, a bomba em questão seria uma bomba de efeito moral, geralmente utilizada por forças policiais para dispersar tumultos, mas de uso restrito, o que levanta questionamentos sobre como o artefato chegou até a residência em Barretos. A explosão causou danos graves ao pintor Ronaldo de Oliveira, de 38 anos, enquanto realizava a limpeza da casa no bairro Ibirapuera.

A Polícia Civil iniciou um inquérito para averiguar a origem da bomba, que deixou a vítima ferida, e se houve negligência por parte do ex-policial na guarda do explosivo. O ex-policial contratou o pintor para realizar serviços de pintura e limpeza em sua propriedade. A explosão ocorreu enquanto Oliveira mexia em uma caixa contendo brinquedos e outros itens descartados, sem identificar a lata que continha o explosivo.

O ex-policial afirmou à polícia que não tinha conhecimento da presença da bomba entre os objetos deixados para trás na casa. Agora, as autoridades investigam se ele teve contato com esse tipo de artefato durante sua carreira e se estava autorizado a possuí-lo legalmente. A polícia recolheu fragmentos da bomba para exame pericial e busca esclarecer o ocorrido.

O acidente ocorrido no final de abril levou o pintor a ser hospitalizado por quatro dias e passar por um longo processo de reabilitação devido aos ferimentos causados pela explosão. A posse de artefatos explosivos por civis é proibida por lei, sendo restrita apenas a instituições policiais para ações específicas. A Polícia de Barretos segue investigando o caso para determinar a responsabilidade e possíveis consequências legais.