Mercado teme que investigação sobre Reag revele nomes envolvidos em escândalos
No mercado, especula-se que empresários ou instituições envolvidas em escândalos
financeiros recentes podem ter se utilizado dos serviços da administradora.
Veja como funcionava o mercado criminoso de combustível
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Veja como funcionava o mercado criminoso de combustível
A megaoperação realizada na manhã desta quinta-feira (28) teve como um dos alvos
a Reag, gestora e administradora independente (que faz custódia de ativos de
terceiros), o que levou tensão ao mercado financeiro sobre nomes e instituição
financeiras que podem aparecer nas investigações.
Isso porque a PF cumpriu mandados de busca e apreensão contra a gestora. Com
base nos servidores da companhia, os investigadores podem, em tese, saber o nome
de pessoas e empresas que também tinham recursos custodiados pela Reag.
No mercado, especula-se que empresários ou instituições envolvidas em escândalos
financeiros recentes podem ter se utilizado dos serviços da administradora.
➡️A megaoperação foi deflagrada para desarticular um esquema criminoso
bilionário
[https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/08/28/reag-empresa-listada-bolsa-de-valores-investigacao-pf-pcc.ghtml]
no setor de combustíveis e fundos de investimentos. A Receita Federal brasileira
diz que já identificou ao menos 40 fundos de investimentos (multimercado e
imobiliários), com patrimônio de R$ 30 bilhões, controlados pelo PCC.
MAIOR GESTORA INDEPENDENTE DO BRASIL
Fundada em 2013, a Reag Investimentos é um a maior gestora independente do
Brasil, sem ter relação com bancos, tendo R$ 299 bilhões sob gestão de pessoas
físicas, empresas, fundos de pensão e investidores institucionais. Além disso, a
empresa se destaca por ser a primeira de gestão de patrimônio listada na B3.
➡️Listada na B3 sob o ticker REAG3, a gestora viu suas ações despencarem 22,87%
no pregão
[https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/08/28/reag-empresa-listada-bolsa-de-valores-investigacao-pf-pcc.ghtml],
por volta das 12h, refletindo a reação imediata dos investidores à operação.
A Reag é controlada pela Reag Capital Holding S/A, que também administra outra
holding independente envolvida na operação, a CiabraSF (ADMF3).
“As companhias manterão seus acionistas e o mercado informados sobre o
desenvolvimento dos assuntos objeto deste fato relevante”, diz o comunicado
enviado ao mercado.
Criada por João Carlos Mansur, a Reag Investimentos oferece “soluções
financeiras sofisticadas e personalizadas”, com foco em investimentos
alternativos.
A Reag ganhou maior visibilidade ao se tornar patrocinadora do Cine Belas Artes,
um dos cinemas mais tradicionais da cidade de São Paulo. Com a aquisição dos
direitos de nomeação, o espaço passou a se chamar REAG Belas Artes.
Nos últimos anos, a gestora realizou uma série de aquisições que ampliaram sua
atuação e presença no mercado. Entre as empresas incorporadas estão Hieron,
Berkana, Rapier, Quadrante e Quasar.
Em 2024, a Reag comprou a Empírica Investimentos, especializada em crédito
estruturado e fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs),
posicionando-se entre as três maiores do setor, com aproximadamente R$ 25
bilhões sob gestão.
O ano de 2025 marcou um novo capítulo na história da empresa: em janeiro, a Reag
realizou uma operação de incorporação reversa da plataforma de serviços
GetNinjas, utilizando sua estrutura já listada na B3 para transformar-se em uma
holding aberta.
Com essa reorganização societária, a GetNinjas deixou de existir como empresa
independente, e suas ações passaram a ser negociadas sob o código REAG3.