Investigação de caso de injúria racial em Belo Horizonte: Casal de SP é vítima. Polícia Civil de MG investiga acusada por ofensas racistas.

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Diário do Estado Triângulo investiga caso de injúria racial contra um casal de São Paulo em Belo Horizonte. A Polícia Civil de MG está apurando um episódio de racismo que ocorreu em um prédio no Centro de Belo Horizonte, onde um casal de São Paulo foi vítima de ofensas por parte de uma mulher. As câmeras de segurança do local registraram o momento em que a suspeita proferiu palavras racistas, expressando seu repúdio por pessoas de pele negra. A acusada, identificada como Natália Burza Gomes Dupin, de 42 anos, já havia sido presa anteriormente por injúria racial contra um taxista em 2019.

Segundo o boletim de ocorrência, as vítimas, Eneida Aparecida Gusmão, de 43 anos, e Fábio dos Santos Bouças, de 51, estavam hospedados no apartamento do filho em Belo Horizonte. No momento em que se encontravam no hall do prédio, a suspeita cuspiu no chão ao vê-los. Pouco depois, ao retornar para buscar outra encomenda, a mulher proferiu ofensas racistas contra o casal, dizendo que tinha “nojo de preto”. Não havia outras testemunhas presentes no momento das agressões.

Em comunicado, a Polícia Civil informou que abriu um inquérito para apurar o crime de injúria racial e que todos os envolvidos serão ouvidos na Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Racismo, Xenofobia, LGBTfobia e Intolerâncias Correlatas em Belo Horizonte. O casal afirmou à TV Globo que buscará por justiça, ressaltando que a partir de 2023, a lei equipara o crime de injúria racial ao de racismo, sendo este inafiançável e imprescritível.

Em um episódio anterior, em 2019, Natália Burza Gomes Dupin já havia sido presa por injúria racial contra um taxista na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Na ocasião, a acusada proferiu palavras racistas e desacatou os policiais presentes no local. Ela foi autuada em flagrante por diversos crimes e chegou a passar uma noite na prisão, sendo posteriormente liberada mediante o pagamento de fiança. A família de Natália alegou que ela sofria de transtornos mentais que alteravam seu comportamento.

O Diário do Estado Triângulo entrou em contato com a defesa de Natália, que afirmou desconhecer os fatos. É fundamental que casos de racismo e injúria racial sejam combatidos e denunciados, pois a discriminação racial é inaceitável, sobretudo nos dias atuais. A presença de negros em todos os espaços deve ser respeitada e protegida, e é dever de todos combater esse tipo de violência. A psicóloga e pesquisadora Eneida Aparecida ressalta a importância de denunciar e combater o racismo em todas as suas formas.

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