‘Derrite sobre investigação envolvendo presos em SP suspeitos de falsificar bebidas alcoólicas

A declaração foi feita em São José do Rio Preto (SP) durante entrevista coletiva à imprensa. Derrite diz que, só no ano de 2025, 41 pessoas foram presas em virtude desse tipo de crime no estado.

Guilherme Derrite em São José do Rio Preto (SP) — Foto: Reprodução / TV TEM

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou nesta quarta-feira (8) que uma das linhas de investigação sobre a falsificação e o uso de metanol em bebidas alcoólicas é que os suspeitos presos no estado de São Paulo adquiriram etanol de baixa qualidade.

A declaração foi feita em São José do Rio Preto durante entrevista coletiva à imprensa. Na ocasião, Derrite fez a entrega de 55 viaturas para a Polícia Militar e sete para a Polícia Civil na região noroeste.

Conforme o secretário, o governo de São Paulo montou um gabinete para entender o problema da circulação de bebidas adulteradas, criando uma força-tarefa envolvendo vários órgãos públicos.

Derrite diz que, só no ano de 2025, 41 pessoas foram presas em virtude desse tipo de crime.

“Desses 41 indivíduos que foram presos, nenhum deles é faccionado, ou seja, não pertence ao crime organizado, então, já desmistificando aquela teoria de que olha, tem envolvimento do crime organizado, não tem nenhum indicio, tem uma comprovação disso, muito pelo contrário, tudo indica que não seja mesmo, não tem a participação”, comentou.

Após descartar qualquer envolvimento dos suspeitos com facções criminosas, Derrite pontuou sobre a questão da aquisição de etanol de baixa qualidade. O etanol é um componente encontrado em bebidas alcoólicas.

“Uma investigação da Polícia Civil descobriu um ponto logístico que distribuía aqueles vasilhames vazios para esses pontos clandestinos, que faziam um envasamento dessa bebida adulterada. Foram mais de 100 mil garrafas aprendidas. Agora, o que resta saber, é qual foi a motivação e por que isso aconteceu. Uma das linhas de investigação é de que eles adquiriram etanol de baixa qualidade”, pontou.

O secretário também mencionou que, com base na Lei 14.292, de 2022, qualquer pessoa pode comprar etanol, isso pode ter facilitado a contaminação das bebidas no estado.

“Qualquer pessoa pode chegar lá com um galão de 20 litros e fazer a aquisição de um etanol. Esse etanol possivelmente estaria contaminado, e isso gerou essa onda de contaminações”, finalizou o secretário.

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