A Polícia está investigando um caso de preconceito contra um jovem com nanismo na cidade de Niterói. O incidente ocorreu quando um grupo de adolescentes fez uma brincadeira de mau gosto com uma adolescente de 15 anos, filmou a ação e compartilhou nas redes sociais. A vítima, identificada como Caroline Queiroz, relatou que os jovens estavam rindo e gravando enquanto um deles pulava por cima dela enquanto ela caminhava pela Avenida Jornalista Francisco Alberto Torres, em Icaraí.
Caroline, em entrevista, expressou sua surpresa com a situação: “Eu estava andando, já tinha percebido que eles estavam atrás de mim, rindo. Eu nunca ia imaginar que esse tipo de coisa ia acontecer”. Indignada com a situação, Caroline decidiu registrar uma queixa na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), onde o caso está sendo investigado. A mãe da jovem, Michelle Sant’Anna, ressaltou a importância de educar os envolvidos, que são adolescentes, para conscientizá-los sobre o respeito à diversidade e a gravidade do ato.
Diante do constrangimento causado pelo episódio de preconceito, Caroline decidiu gravar um vídeo para conscientizar e alertar sobre o capacitismo, compartilhando-o em uma rede social. No vídeo, ela enfatiza a importância de criar um mundo onde as pessoas não sejam condenadas por suas diferenças e onde atitudes pejorativas não sejam toleradas. A jovem destacou a necessidade de combater esse tipo de comportamento prejudicial e ofensivo.
A Decradi informou que a investigação está em andamento e que os jovens responsáveis pelo ato não foram identificados até o momento. De acordo com a Delegacia, os infratores poderão responder por ato infracional análogo ao crime praticado e estar sujeitos a medidas socioeducativas. A mãe de Caroline reforçou que o objetivo não é expor os adolescentes, mas sim educá-los e informar a sociedade sobre a importância do respeito e da inclusão.
Caroline Queiroz, através de sua atitude de denúncia e conscientização, busca combater a discriminação e promover a igualdade para todas as pessoas, independentemente de suas diferenças. Sua coragem ao enfrentar o preconceito e sua disposição em alertar sobre os danos causados pelo capacitismo são exemplos de como a educação e a empatia podem contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. A iniciativa da jovem serve como um lembrete da necessidade de combater todas as formas de discriminação e de valorizar a diversidade em nossa sociedade.