Investigação do acidente de Juliana Marins no monte Rinjani: Peritos lutam contra desafios para elucidar sua morte trágica

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Juliana Marins sofreu um acidente no monte Rinjani, na Indonésia, que resultou em sua morte trágica. O Instituto Médico-Legal (IML) do Rio de Janeiro apontou que o estado em que o corpo da publicitária chegou ao Brasil prejudicou parte das análises periciais. Os peritos destacaram que o embalsamamento realizado antes da necropsia comprometeu a precisão na estimativa do horário da morte e dificultou a avaliação de sinais clínicos importantes, como hipotermia e desidratação.

O laudo aponta que Juliana Marins sofreu hemorragia interna decorrente de múltiplas lesões traumáticas, incluindo fraturas graves na pélvis, tórax e crânio, compatíveis com um impacto de alta energia. Apesar dos ferimentos letais, os peritos consideram a possibilidade de um breve período de agonia física e psíquica antes do óbito. O exame cadavérico não pôde determinar com precisão a hora da morte devido à ausência de parâmetros essenciais como temperatura corporal e rigidez cadavérica.

A análise pericial aponta que Juliana poderia ter sobrevivido entre 10 e 15 minutos após o trauma, porém sem condições de reagir ou se locomover. Marcas de arrasto foram identificadas no corpo, indicando a inclinação do terreno onde ela foi encontrada. A dinâmica da queda ainda será analisada em um laudo complementar, considerando possíveis fatores ambientais que possam ter contribuído para o desfecho.

A família de Juliana Marins solicitou à Justiça brasileira a realização de uma nova perícia, que foi acompanhada por um perito particular. Inicialmente programada para cremação, o corpo da publicitária foi preservado para possibilitar uma investigação mais detalhada. Exames genéticos complementares estão em andamento para verificar a presença de material biológico masculino e fechar as lacunas na investigação.

Os peritos afirmam que a falta de informações detalhadas sobre a dinâmica do evento complicou as conclusões sobre a sequência de quedas e o tempo de exposição da vítima ao ambiente antes do impacto final. Não houve indícios diretos de violência sexual, desnutrição, fadiga intensa ou uso de drogas ilícitas. A análise final da dinâmica da queda será decisiva para esclarecer os eventos que levaram à morte da publicitária.

Apesar das limitações impostas pelo estado do corpo de Juliana Marins, os peritos continuam conduzindo investigações complementares para entender melhor os eventos que culminaram na tragédia. O trabalho minucioso da perícia visa fornecer respostas precisas para a família da vítima e para a sociedade. Juliana Marins foi enterrada treze dias após sua morte, em um ato de despedida que marcou o encerramento de um capítulo doloroso para seus entes queridos.

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