Investigação do MP desmantela esquema fraudulento de home care em Passo Fundo: operação resulta em busca e apreensão.

O Ministério Público (MP) está investigando uma suspeita de fraudes no sistema público de saúde e em serviços de home care em Passo Fundo. Conforme apuração do MP, um esquema foi montado para utilizar a Justiça como forma de obrigar o estado a custear serviços que não eram prestados ou que eram prestados abaixo do que havia sido solicitado judicialmente.

A investigação resultou em uma operação do Ministério Público realizada contra suspeitos de fraudar o sistema de saúde e superfaturar os serviços de home care na cidade de Passo Fundo. No total, 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em empresas, em um escritório de advocacia e em residências na região. Documentos, celulares e aparelhos de informática foram apreendidos, e contas bancárias de 12 pessoas físicas ou jurídicas foram bloqueadas, somando R$ 500 mil.

A investigação teve origem após a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) desconfiar de pedidos judiciais por serviços de home care que totalizavam R$ 35 milhões. O home care consiste na disponibilização de uma estrutura hospitalar completa na residência do paciente em tratamento de saúde. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) identificou suspeitas sobre os proprietários de duas empresas do setor, além de seis pais ou responsáveis que solicitaram o serviço.

O Gaeco descobriu que o grupo envolvido na fraude mantinha contato com um escritório de advocacia para auxiliar nos processos, visando a apresentação de contas falsas e a garantia do repasse dos valores pelo estado. Segundo o coordenador do Gaeco, André Dal Molin, houve um verdadeiro conluio para evitar levantar suspeitas das autoridades.

O esquema fraudulento envolvia pais e responsáveis de crianças que necessitavam de tratamento médico domiciliar em Passo Fundo. Após ingressarem com pedidos judiciais, indicavam empresas de home care para os serviços. A Justiça, por sua vez, determinava a prestação do serviço, fazendo bloqueios nas contas do estado para custear as contratações. As empresas indicadas simulavam ou prestavam um serviço inferior ao solicitado, com o apoio de advogados que providenciavam contas falsas à Justiça.

O MP identificou que o esquema criminoso era mantido mesmo após a conclusão das licitações para os tratamentos, com solicitações de novos serviços não incluídos nos processos licitatórios e impugnações das contratações firmadas pelo estado. Os investigados chegavam a dificultar o acesso de profissionais das empresas vencedoras às residências. A luta contra fraudes como essa é essencial para garantir a eficiência e a transparência nos sistemas de saúde pública.

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Sepultadas duas mulheres que comeram bolo envenenado em Torres, RS: investigações em andamento

Sepultados os corpos de duas mulheres que comeram o bolo em Torres, no Rio Grande do Sul. Maida Berenice Flores da Silva, de 58 anos, e Tatiana Denize Silva dos Santos, de 43 anos, foram veladas nesta quarta-feira (25) em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Duas pessoas ainda estão internadas em estado grave em Torres.

Ambas as vítimas faleceram após consumirem um bolo que teria sido o causador das intoxicações. Dezenas de familiares e amigos compareceram ao velório e prestaram suas homenagens no Cemitério São Vicente. A terceira vítima, Neuza Denize Silva dos Anjos, de 65 anos, também será velada no mesmo cemitério nesta quinta-feira.

A preparadora do bolo e um menino de 10 anos continuam internados em Torres, apresentando melhora em seus quadros clínicos. A Polícia Civil está investigando o caso para esclarecer as circunstâncias que levaram ao envenenamento das vítimas. Os corpos foram encaminhados ao Instituto-Geral de Perícias para necropsia e os alimentos consumidos pela família estão passando por análise.

Denise Teixeira Gomes, amiga de Maida Berenice Flores da Silva, lembra com carinho da jovialidade e alegria das vítimas, ressaltando que eram pessoas solidárias e felizes. O incidente chocou a comunidade local e levantou questionamentos sobre a segurança alimentar e a procedência dos alimentos consumidos.

A tragédia mobilizou a atenção da população e das autoridades locais, que pedem por mais esclarecimentos sobre o caso. A fatalidade serve como alerta para a importância da qualidade e procedência dos alimentos consumidos, visando a prevenção de intoxicações e envenenamentos. A comunidade se une em solidariedade aos familiares e amigos das vítimas nesse momento de luto e busca por respostas.

A investigação está em andamento e visa identificar as causas do envenenamento que resultou nas mortes das mulheres. A comoção se espalhou pela região, levando à reflexão sobre a segurança alimentar e a necessidade de se manter padrões adequados na manipulação e preparo dos alimentos. A expectativa é de que o caso seja esclarecido para que medidas preventivas possam ser tomadas e evitar novas tragédias semelhantes.

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