Investigação em empresa de Tatuí por venda ilegal de extrato de laranja moro

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Uma empresa do interior de São Paulo está sendo investigada por vender um insumo específico, o extrato de laranja moro, de forma irregular em Tatuí (SP). Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), a Polícia Civil realizou dois mandados de busca e apreensão na sede e no depósito da companhia. O produto estava sendo comercializado por um preço significativamente abaixo do praticado no mercado, cerca de R$ 160 o quilo, enquanto o insumo original, conhecido como Morosil, tem um valor aproximado de R$ 1.900 por quilo.

As investigações tiveram início em abril deste ano e ainda estão em andamento. Um dos consumidores informou que adquiriu 25 quilos do produto pela empresa investigada, o que despertou desconfiança devido ao valor baixo praticado. Ele decidiu contatar uma empresa em Campinas, que possui as autorizações necessárias para a venda do extrato de laranja moro, investigação que resultou na confirmação da ilegalidade da comercialização em Tatuí.

De acordo com os dados levantados no inquérito policial, o produto original é fabricado pela empresa italiana Bioactive Natural Products (Bionap SRL), que é a única autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a exportar o ingrediente para o Brasil. A Anvisa igualmente atesta que somente o extrato fabricado pela Bionap atende as especificações necessárias para ser utilizado em suplementos alimentares no país.

Todos esses fatores evidenciam que a empresa em Tatuí estava infringindo a legislação ao comercializar um produto ilegal e fora das normas estabelecidas. Após análises laboratoriais na Itália, ficou comprovada a diferença entre o material original e o vendido de maneira clandestina. O consumidor, ao adquirir o extrato de laranja moro, busca auxílio para a redução de gordura abdominal e controle de peso, mas é primordial que seu uso seja acompanhado por profissionais da saúde, aliado a uma dieta balanceada e prática de exercícios físicos.

A Secretaria de Segurança Pública emitiu notas à Anvisa para averiguar a regularidade da comercialização do produto, afirmando que as relações comerciais entre empresas não são de sua competência, ressaltando que cabe às vigilâncias sanitárias locais nos estados e municípios fiscalizarem as fabricantes e distribuidoras. A Prefeitura de Tatuí acompanha o caso por meio da Vigilância Sanitária municipal, reforçando que as investigações estão em segredo de Justiça.

Até o momento, não foi possível obter contato com a empresa investigada. A Polícia, Ministério Público e demais órgãos competentes seguem as diligências para elucidar os fatos e aplicar as medidas cabíveis diante da irregularidade constatada. Fica evidente a importância de verificar a procedência e a legalidade dos produtos adquiridos, a fim de garantir a segurança e eficácia do que é consumido.

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