Servidores envolvidos em investigação apostam na demissão do chefe do INSS

Afastado por ordem judicial, Stefanutto já enfrentava mais de 130 mil queixas de
descontos irregulares nas contas de aposentados e pensionistas.

Operação da Polícia Federal em vários estados brasileiros contra fraudes no
INSS. — Foto: Polícia Federal

A magnitude do esquema investigado pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União deve derrubar de vez Alessandro Steffanuto do cargo de chefe do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social). Ele foi afastado por decisão judicial da presidência do órgão, mas sua demissão passou a ser debatida desde cedo dentro do Palácio do Planalto.

A PF e a CGU apuram suspeitas de um esquema que se arrasta há anos e que teria desviado mais de R$ 6 bilhões. A atual administração, de Stefanutto, e de Carlos Lupi (PDT) ministro da Previdência Social, nem sequer pode dizer que foi pega de surpresa.

Há meses, a repórter do Conexão GloboNews Amanda Lüder relata queixas de mais de 130 mil aposentados e pensionistas que tiveram descontos não autorizados em seus pagamentos, como se tivessem firmado com convênio com as empresas suspeitas de fraude, sem jamais terem firmado qualquer trato com elas.

Diante do tamanho do problema, o presidente DE foi avisado sobre a operação da PF por volta de 6h20 da manhã, quando centenas de policiais já estavam nas ruas cumprindo mais de 200 mandados de busca e apreensão.

O Planalto reagiu com irritação ao caso, que adiciona novo desafio a Lula. O presidente ainda não conseguiu nomear um titular para o Ministério das Comunicações. Juscelino Filho (União Brasil) deixou o cargo após ser denunciado por suspeita de desvios em emendas quando deputado federal. Agora, DE deve encarar também o desafio de mudar o comando do INSS. Presidente do INSS é afastado por investigação de fraude bilionária