Investigação policial desmantela rede criminosa que desviou quase R$ 700 mil de instituição financeira

Uma rede criminosa que teria desviado quase R$ 700 mil de uma instituição financeira é alvo de investigações da Polícia Civil em Juiz de Fora. De acordo com as autoridades, os criminosos acessaram ilegalmente 28 contas bancárias e realizaram 68 transações indevidas via Pix em apenas dois dias. O prejuízo gerado por essas ações fraudulentas foi de quase R$ 700 mil.

Durante a operação realizada no Bairro Caiçaras, em Juiz de Fora, a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na residência de um dos principais suspeitos, um jovem de 25 anos. No local, foram apreendidos um computador, notebook, celular e até mesmo uma motocicleta, utilizados nas atividades ilícitas da quadrilha.

As investigações apontam que os criminosos se aproveitaram de uma extensa base de números de CPF e de uma falha operacional no sistema após uma atualização. Ao validar os primeiros acessos com o uso de tokens, os fraudadores conseguiram se passar pelos clientes titulares das contas e realizar as transações fraudulentas. Esse modus operandi foi fundamental para o sucesso das ações criminosas.

Além de Juiz de Fora, a operação da Polícia Civil, denominada de ‘Lets Go’, também teve desdobramentos em outras cidades como São Paulo, Goiás e Paraná. A ação demonstra a abrangência e a complexidade dessa rede criminosa, que atuava de maneira coordenada e organizada em diferentes estados do país.

Diante desse cenário preocupante, as autoridades continuam atentas e empenhadas em combater as atividades ilegais de grupos criminosos especializados em fraudes bancárias. A população também deve ficar atenta a possíveis golpes e adotar medidas de segurança para proteger suas informações financeiras no ambiente digital.

A cooperação entre as instituições policiais e a disponibilização de recursos tecnológicos mais avançados têm sido fundamentais para desmantelar essas redes de criminosos que buscam lesar instituições financeiras e cidadãos de bem. A sociedade como um todo deve se unir nesse combate para garantir a segurança e a integridade do sistema financeiro nacional. Diário do Estado continua acompanhando de perto o desenrolar dessas investigações e trará mais informações conforme novos desdobramentos ocorrerem.

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Fhemig é convocada pelo Ministério Público para explicar fechamento de bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins: polêmica e repercussão no setor de saúde

Ministério Público convoca Fhemig a prestar esclarecimento sobre fechamento de bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins

Críticos à medida dizem que fechamento do bloco cirúrgico do HMAL gera sobrecarga no Hospital João XXIII e aumenta fila de espera por cirurgias eletivas no estado.

Leitos vazios no Hospital Maria Amélia Lins — Foto: Foto de arquivo / Redes sociais

Órgãos públicos estão cobrando esclarecimentos da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) sobre a decisão de fechar o bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins (HMAL), em Belo Horizonte.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deu prazo de 48 horas para que sejam fornecidas informações, e a Superintendência Regional de Trabalho e Emprego convocou assembleia para a próxima segunda-feira (13).

Desde a última segunda-feira (6), as cirurgias ortopédicas e de trauma que eram feitas no HMAL – cerca de 230 por mês – foram transferidas para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII.

Funcionários do HMAL também estão sendo removidos para o João XXIII. A medida está sendo duramente criticada por profissionais da saúde, porque sobrecarrega o João XXIII e aumenta a fila de espera de cirurgias eletivas no estado.

Desde 2019, o HMAL atua na retaguarda do Hospital João XXIII, apesar de os dois funcionarem de maneira independente. Enquanto o João XXIII realizava atendimento de urgência e emergência, o HMAL era responsável pelo tratamento após o quadro agudo de trauma, o que corresponde a cirurgias mais complexas e demoradas.

Como o João XXIII é referência no estado para cirurgias de urgência, o HMAL tem importância estratégica de desafogá-lo. Com a concentração de todos os atendimentos no João XXIII, as cirurgias programadas são canceladas para dar lugar ao paciente que chega em estado grave.

De acordo com a diretora clínica e coordenadora da equipe médica do HMAL, Andrea Fontenelle, o Hospital João XXIII não está preparado para assumir toda a demanda.

Também se manifestaram contra o fechamento do bloco cirúrgico o Sindicato dos Servidores da Saúde (Sind-Saúde) e o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed MG).

A entidade divulgou uma nota de repúdio dizendo que o “fechamento representa um retrocesso na garantia de direitos fundamentais, como o acesso à saúde” e que “a medida e reflete falta de respeito e diálogo com os servidores públicos e as entidades representativas”.

O diretor técnico assistencial do Complexo Hospitalar de Urgência e Emergência, que administra o Hospital João XXIII e o HMAL, Samuel Cruz, alegou que a estrutura do HMAL estava muito defasada, e o fechamento do bloco cirúrgico foi a solução encontrada.

Para Andrea Fontenelle, o fechamento é uma solução “completamente equivocada”. Segundo ela, das cirurgias que o HMAL realizava, mesmo com os problemas estruturais, 30% poderiam continuar sendo feitas.

Ainda de acordo com Andrea, em março de 2023, todo o quadro clínico do HMAL se reuniu para elaborar um plano de reestruturação do hospital, mas nenhuma providência foi tomada em relação às demandas. O processo foi feito na administração anterior do Complexo Hospitalar de Urgência e Emergência.

Fundado em 1947, o Hospital Maria Amélia Lins (HMAL) é referência em cirurgias de alta complexidade em traumato-ortopedia e bucomaxilofacial. A maioria dos pacientes do HMAL é vítima de acidentes de trânsito, especialmente motociclistas jovens, que necessitam de procedimentos cirúrgicos variados e complexos.

O Diário do Estado entrou em contato com a Fhemig, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

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