Investigação: Presidente da Câmara empregou funcionárias ‘fantasmas’ em gabinete, aponta jornal

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Presidente da Câmara, Hugo Motta empregou funcionárias ‘fantasmas’ em gabinete, diz jornal

Informação foi divulgada pelo jornal ‘Folha de S.Paulo’. MP junto ao TCU pediu abertura de investigação sobre o caso. O DE procurou a assessoria de Mota, que não respondeu.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), empregou três funcionárias em seu gabinete com funções incompatíveis com as atividades parlamentares para as quais foram contratadas. A informação foi divulgada pelo jornal “Folha de S.Paulo”. O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu a abertura de uma investigação sobre o caso, apontando “grave descaso com a gestão de recursos públicos”.

O DE entrou em contato com a assessoria de Motta, que não respondeu até a última atualização desta reportagem. De acordo com a reportagem, as funcionárias são uma fisioterapeuta, uma estudante de medicina e uma assistente social de uma prefeitura na Paraíba. Todas foram contratadas para o cargo de secretário parlamentar. Uma das profissionais recebe um salário bruto de R$ 11,8 mil.

Entre as determinações para o cargo, estão uma jornada de trabalho de 40 horas semanais e a proibição de exercer outra função pública. Mas, não é necessário bater ponto eletronicamente na Câmara. Motta teria mandado demitir duas das três profissionais após ser procurado pela imprensa para responder sobre o caso, segundo a reportagem da “Folha de S.Paulo”.

Segundo o jornal, a União teria gasto R$ 112 mil com salários e outras gratificações destinadas às três contratadas do gabinete somente neste ano. A fisioterapeuta Gabriela Pagadis, uma das profissionais, atende em duas clínicas em Brasília e é filha da então chefe de gabinete de Motta, sendo contratada em 2017 com salário de R$ 11,8 mil atualmente.

Outra funcionária é Louise Lacerda, filha do ex-vereador Marcílio Lacerda, do município de Conceição (PB). Ela é estudante de medicina em período integral na Faculdade Nova Esperança em João Pessoa, capital paraibana, recebendo da Câmara um salário de R$ 2,8 mil, mais R$ 1,8 mil em auxílios. Monique Magno, outra contratada, é filha de uma advogada que trabalhou com Motta e além da função no gabinete, ela também é assistente social na Prefeitura de João Pessoa há quatro anos, recebendo um salário de R$ 1,8 mil da Câmara, além de outros R$ 1,8 mil em auxílios.

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