Investigação revela detalhes e mistérios sobre a morte da motorista de app: o que se sabe e o que falta saber

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O que se sabe e o que falta saber sobre a morte da motorista de app

Investigação da morte de Ana Rosa Rodolfo de Queiroz Brandão, 49 anos, tem reviravolta, e o caso pode ser investigado como feminicídio

Ainda há muitas perguntas sem respostas acerca da morte da motorista de aplicativo Ana Rosa Rodolfo de Queiroz Brandão (foto em destaque), 49 anos. A 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro), que investiga o caso, informou nessa quinta-feira (27/2) que o crime pode não ter sido de latrocínio, mas sim de feminicídio. Esse é apenas um dos vários pontos que ainda precisam de explicação.

A seguir, o DE organiza as informações e detalha o que já se sabe e o que ainda falta saber sobre esse crime.

Ana Rosa tinha 49 anos. Ela morava em Valparaíso (GO), no Entorno do Distrito Federal. Ana Rosa trabalhava como motorista de aplicativo. O crime ocorreu por volta das 12h15 de quarta-feira (26/2). Antônio Ailton da Silva, 43, é tido como autor. Ana Rosa foi esfaqueada após assalto.

O que se sabe

Ana Rosa Brandão foi encontrada morta no próprio carro, um Volksvagem Voyage preto, por volta das 12h15 de quarta-feira (26/2), na quadra 4 do Cruzeiro. Testemunhas próximas ao local ouviram barulhos de freadas antes do veículo parar em um canteiro. As autoridades informaram que Ana Rosa foi vítima de facadas. À frente do caso, o delegado-chefe da 3ª DP, Victor Dan, anunciou nessa quinta-feira (27/2) que a motorista chegou a ser estrangulada com um fio de náilon antes de ser esfaqueada.

Já ferida, Ana Rosa chegou a ligar para o marido para pedir socorro e dizer que “estava morrendo”. Ela não resistiu e faleceu ainda no local. A mulher deixa o esposo e dois filhos, de 23 e 12 anos. O autor do crime, Antônio Ailton da Silva, 43, foi visto por testemunhas fugindo do local com uma pasta na mão. Câmeras de segurança flagraram Antônio correndo em uma rua próxima à quadra onde estava o carro de Ana Rosa.

O que falta saber?

Vítima e autor já se conheciam? Com a hipótese de feminicídio, surge a dúvida. Segundo o delegado Victor Dan, a informação ainda é desconhecida. Quem dirigia no momento em que o carro bateu? Não se sabe se era Antônio ou Ana Rosa no volante no momento em que o veículo foi parar no canteiro. Uma testemunha diz ter visto a mulher passando do banco do passageiro para o do motorista, já ferida, pedindo socorro. A 3ª DP apura. Por que o criminoso e a mulher foram parar no Cruzeiro? A região não está na rota habitual de quem sai da Rodoviária do Plano Piloto rumo a Valparaíso de Goiás. Antônio tentou roubar o carro de Ana Rosa? Estas informações devem ser respondidas somente após depoimento do autor. Como foi a dinâmica da agressão? Com a nova informação de que Ana Rosa foi enforcada com um fio de náilon, é preciso entender se a motorista recebeu primeiro os golpes de faca ou o enforcamento.

O autor do crime, Antônio Ailton da Silva, teve a prisão preventiva decretada nessa quinta-feira (27/2) e segue à disposição da Justiça.

Na madrugada de terça-feira (25/2), Antônio tentou matar a ex-companheira, a pastora Maria Custódio da Silva Gama, 57. Ela estava dormindo na casa de uma amiga na Quadra 204 do Recanto das Emas, quando o criminoso invadiu e agrediu as duas mulheres. Ele amarrou Maria com uma corda, socou e enforcou a vítima. Depois, bateu na amiga dela. As vítimas tiveram de fingir que estavam mortas para escaparem das agressões. O criminoso fugiu em seguida.

Maria e Antônio mantiveram relacionamento por um ano e terminaram no início desta semana. O indivíduo, porém, não aceitava o fim do relacionamento e, por isso, decidiu agredir a ex. As investigações sobre ambos os casos seguem.

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