Investigação revela motivo do assassinato de defensora dos direitos humanos em Pinhão, no Paraná

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Dois homens foram presos suspeitos de matar a defensora dos direitos humanos e da preservação do meio ambiente, Iracema Correia dos Santos, 67 anos, conhecida como Dona Iracema. Ela foi assassinada a tiros na frente de casa em 19 de dezembro, em Pinhão, na região central do Paraná.

De acordo a Polícia Civil, a investigação apurou que os suspeitos “estavam insatisfeitos com a forma como a vítima conduzia os trabalhos na comunidade e os valores que estavam recebendo por prestar serviços para o grupo”.

No dia do crime, conforme a polícia, a vítima recebeu R$ 48 mil relativos à venda de erva mate que foram cultivadas e colhidas pelo grupo Faxinalenses, do qual ela era líder. O valor seria utilizado para pagamento dos prestadores de serviço no local.

“Por participarem do movimento e terem ciência dos valores recebidos pela idosa, os masculinos invadiram a casa desta, ceifaram a sua vida, mediante disparos de arma de fogo, em seguida subtraíram cerca R$ 22 mil em dinheiro e um cheque de R$ 5,5 mil”, afirmou a Polícia Civil.

A investigação aponta até o momento que o crime não tem relação com disputa de terras com possíveis grileiros. A Polícia Civil segue investigando o caso.

A Defensoria Pública do Estado do Paraná (DPE-PR) lamentou a morte de Dona Iracema e afirmou que abriu um procedimento para acompanhar as investigações da Polícia Civil. “Dona Iracema dedicou sua vida à proteção dos povos tradicionais e à preservação ambiental, sendo uma referência em sua comunidade e além dela”, destacou a instituição.

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