A Polícia Civil está investigando um ‘time de vendedoras’ de remédios falsos para emagrecer, descobrindo como o esquema funcionava. Uma dessas vendedoras foi conduzida para a delegacia, mas foi liberada posteriormente. A delegada explicou como Marcelly Neves, presa em flagrante, utilizava remédios para produzir seu próprio produto em uma fábrica artesanal dentro de sua casa.
Após a prisão de três mulheres suspeitas de integrar uma quadrilha de venda de remédios falsos para emagrecer, a 19ª DP (Tijuca) iniciou uma investigação sobre o “time de vendedoras” que colaborava na distribuição e comercialização dos produtos. O delegado titular da 19ª DP, Álvaro Gomes, afirmou que as investigações ainda estão em andamento para identificar outros envolvidos no grupo.
Marcelly Neves de Lima, apontada como a responsável pelo negócio dos remédios falsos, foi presa em flagrante na manhã de quarta-feira. Ela mantinha uma fábrica artesanal em sua casa e levava uma vida de luxo nas redes sociais. Além disso, sua mãe, Elda Maria das Neves, também foi presa por atuar como vendedora do produto.
As integrantes da quadrilha podem ser indiciadas por diversos crimes, como tráfico de drogas, associação criminosa, venda de produto farmacêutico corrompido e exposição à perigo da vida. A investigação revelou que Marcelly utilizava substâncias como sibutramina, um remédio que inibe o apetite, e bisacodil, um laxante, para produzir os falsos remédios.
Na residência de Marcelly, foram encontradas embalagens de medicamentos usados na fabricação do “Seca Máximo”. Além disso, a polícia apreendeu uma réplica de fuzil, uma balança de precisão e um caderno com anotações sobre as vendas. A prisão de Diana Ramos Soares, apontada como sócia de Marcelly, também foi realizada após buscas em diversos endereços.
Relatos de vítimas sobre os severos efeitos colaterais causados pelos remédios falsos levaram a polícia a descobrir o esquema criminoso. Algumas mulheres chegaram a relatar ter ido parar no hospital devido aos sintomas. A polícia iniciou a investigação a partir do depoimento de uma vítima que adquiriu o produto através de um grupo no WhatsApp, identificando os crimes cometidos pelas presas.
As investigações estão em andamento e as presas podem responder por organização criminosa, tráfico de drogas e crimes contra o consumidor. A Polícia Civil continua seu trabalho para desmantelar a quadrilha e garantir a segurança dos consumidores que foram vítimas do esquema fraudulento de venda de remédios falsos para emagrecer.