Servidores do município de Campo Mourão, no centro-oeste do Paraná, estão enfrentando dificuldades para utilizar o vale-alimentação fornecido pela instituição. O cartão é administrado pelo BK Bank, empresa que suspeita-se estar envolvida com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Essa situação tem impedido cerca de 3 mil funcionários públicos de realizar compras em estabelecimentos comerciais. A proporção do problema chamou a atenção das autoridades locais e da população.
A empresa BK Bank emitiu uma nota pública informando que é uma instituição de pagamentos devidamente autorizada e que está disposta a colaborar com as autoridades para esclarecer a situação. A suspeita de envolvimento com o PCC levantou questionamentos sobre a segurança e transparência das transações envolvendo o saldo do vale-alimentação dos servidores municipais. O bloqueio dos cartões impactou diretamente as atividades desses trabalhadores, que sofrem com as consequências da indisponibilidade dos recursos.
A investigação em andamento aponta que o BK Bank foi utilizado para movimentar recursos de forma obscura através de contas de difícil rastreamento, o que levanta sérias questões sobre a legalidade das atividades realizadas pela instituição. A situação se agravou ainda mais com a ação policial desencadeada no dia 29 de agosto, resultando no bloqueio dos recursos dos servidores e na impossibilidade de utilização do saldo do vale-alimentação. A indignação da população cresce à medida que o impasse persiste.
A Procuradoria-Geral de Campo Mourão notificou extrajudicialmente a fintech responsável pela administração dos cartões, que alegou não ter realizado os pagamentos nos estabelecimentos devido aos bloqueios impostos judicialmente durante as investigações. A prefeitura local também emitiu uma nota informando que os problemas de pagamento ainda persistem, causando transtornos aos servidores municipais. A falta de uma solução imediata por parte da empresa gerou um impacto significativo no cotidiano desses trabalhadores.
Diante do impasse, a Prefeitura adotou medidas para garantir que o auxílio-alimentação seja pago diretamente aos beneficiários em folha, evitando assim a interrupção do benefício e garantindo a continuidade do suporte necessário aos servidores. A transparência e o bem-estar dos funcionários públicos são prioridades da administração municipal, que segue acompanhando de perto a evolução do caso e buscando soluções legais e administrativas para resolver a situação de forma satisfatória.
A população de Campo Mourão acompanha com apreensão a evolução dos acontecimentos e aguarda por uma solução definitiva que restabeleça a normalidade das transações do vale-alimentação. A disseminação das informações sobre a situação financeira do município e os desdobramentos das investigações são essenciais para garantir a confiança dos servidores públicos e restabelecer a tranquilidade na gestão dos recursos destinados ao benefício alimentar. A transparência e a legalidade devem prevalecer nesse processo para assegurar o direito dos trabalhadores municipais.