O que se sabe e o que falta ser esclarecido sobre o caso da idosa que morreu após fazer procedimentos estéticos
Uma mulher de 76 anos faleceu na segunda-feira (14), em São José dos Campos (SP), após complicações decorrentes de procedimentos estéticos realizados em seu rosto e pescoço, de acordo com relatos de sua família. O caso despertou a atenção da Polícia Civil, que está investigando a situação e buscando esclarecer os fatos que levaram à trágica morte da idosa no interior de São Paulo.
A mulher, identificada como Marlene da Silva Barros, foi internada no Hospital Municipal de São José dos Campos e veio a óbito após mais de 20 dias de internação. Segundo a família, a causa da morte foi uma infecção generalizada desencadeada pelos procedimentos estéticos realizados. O caso gerou questionamentos sobre a segurança e legalidade dos procedimentos adotados, bem como a responsabilidade dos profissionais envolvidos.
Os procedimentos estéticos incluíram um lifting facial e uma lipoaspiração na região cervical, realizados por um dentista da clínica Be Unique, localizada no bairro Jardim Aquarius, em São José dos Campos. O Conselho Federal de Odontologia informou que a lipoaspiração facial é uma técnica autorizada para cirurgiões-dentistas especialistas em harmonização orofacial, mas o lifting facial é considerado um procedimento cirúrgico vedado para esses profissionais.
A família de Marlene descreveu a idosa como vaidosa e realizando um sonho ao optar pelos procedimentos estéticos. A neta da idosa, Amanda Guedes, relatou que Marlene estava bem animada e feliz com a perspectiva da cirurgia, após pesquisar profissionais e economizar para realizar o procedimento. No entanto, a triste fatalidade ocorreu logo após a realização dos procedimentos, quando os sintomas de complicações começaram a se manifestar.
A clínica Be Unique, responsável pelos procedimentos estéticos, expressou em nota profundo pesar pela morte de Marlene e ofereceu condolências à família da idosa. A empresa alegou que a equipe responsável pelo procedimento era habilitada e que a paciente foi orientada a buscar assistência médica ao apresentar sintomas pós-cirúrgicos. A clínica reiterou seu compromisso com a ética, legalidade e segurança, aguardando a conclusão da investigação para esclarecer as causas do óbito.
Até o momento, nenhuma responsabilização foi determinada pela morte da idosa, e a Polícia Civil segue em processo de investigação para esclarecer se houve erro nos procedimentos ou se a fatalidade foi inevitável. O caso ressalta a importância da segurança e precaução ao optar por procedimentos estéticos e destaca a necessidade de regulamentações claras e rigorosas para garantir a integridade e saúde dos pacientes.