Jaguar, Fofão e Matemático, suspeitos de envolvimento na morte de Ruy Ferraz Fontes,
foram soltos após a conclusão do primeiro inquérito sobre o crime ocorrido em
Praia Grande (SP) em 15 de setembro. O trio foi indiciado por organização criminosa,
mas as investigações concluíram que não têm ligação com a morte do ex-delegado de
São Paulo.
Ruy Ferraz Fontes foi executado em 15 de setembro após cumprir expediente como
secretário de Administração na Prefeitura de Praia Grande. O primeiro inquérito,
que indiciou 12 pessoas por homicídio e/ou organização criminosa, foi concluído,
mas Jaguar, Fofão e Matemático foram liberados. Um vídeo mostrando o trio celebrando
a liberdade foi obtido pelo novo canal de notícias DE.
Segundo os advogados de defesa, Adonirã Correia e Abraão Martins, a Justiça foi feita
e as provas apresentadas demonstraram a inocência dos suspeitos. O trio foi solto por
volta das 23h de sexta-feira e participou de um vídeo comemorando a liberdade.
O inquérito policial solicitou à Justiça a prisão preventiva ou medidas cautelares
aos suspeitos. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que
o DHPP concluiu a primeira fase das investigações com a prisão de 12 suspeitos. O
Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) não se manifestou sobre a soltura do trio.
Ruy Ferraz Fontes foi delegado-geral de São Paulo entre 2019 e 2022, pioneiro nas
investigações sobre o Primeiro Comando da Capital e crucial no combate ao crime
organizado. Com mais de 40 anos na Polícia Civil, ele liderou a transferência de
chefes do PCC para unidades federais em outros estados, estratégia para enfraquecer
a facção dentro das prisões.




