Investigações sobre as mortes das meninas Emily e Rebecca são reabertas no RJ: polícia suspeita de envolvimento de PMs

A DE, DE Rio de Janeiro pediu ao Ministério Público estadual para que as investigações sobre as mortes das meninas Emily Victória da Silva e Rebecca Beatriz Rodrigues Santos sejam reabertas.

As meninas morreram em 4 de dezembro de 2020, vítimas por um único disparo, enquanto brincavam na porta de casa, na favela do Sapinho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Famílias e vizinhos sempre afirmaram que o disparo foi feito por policiais militares do 15º BPM (Duque de Caxias). Os PMs negaram o envolvimento com o caso. As investigações da Polícia Civil e do Ministério Público tomaram outra direção e a apuração foi arquivada.

Os traficantes Leandro Santos Sabino, conhecido como Trem, e Lázaro da Silva Alves, o Mestre, chefes do tráfico na região, foram apontados como responsáveis pela morte de Emily e Rebecca.

O Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh), da Defensoria, alega que o surgimento de fatos novos possibilita o desarquivamento do caso. Na petição, os defensores André Castro e Maria Júlia Baltar da Rocha não têm dúvida em afirmar que o tiro que atingiu as meninas pode ter sido dado por um policial.

O documenta destaca a importância do Projeto Mirante, grupo multidisciplinar formado por peritos, professores e pesquisadores com sede na Universidade Federal Fluminense (UFF) e subsidiado pela Secretaria de Acesso à Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública, no reexame das provas do caso. A apresentação de provas em 3D tentou esclarecer como ocorreram as mortes de Emily e Rebecca.

O caminho percorrido pela viatura policial no dia das mortes das meninas, conforme Atlas, no Centro Universitário de Nacional Segurança, é um dos elementos que chamam a atenção dos defensores públicos. Imagens de câmeras de segurança mostram o veículo da PM passando próximo ao local onde Emily e Rebecca estavam. A análise do GPS da viatura revelou movimentações suspeitas e contraditórias em relação aos depoimentos dos policiais envolvidos.

Os peritos e a Defensoria apontam lacunas no processo, como a falta de altura das meninas nos manequins usados na simulação da polícia, informações imprecisas sobre as armas utilizadas e contradições nos depoimentos dos policiais. Com base nesses elementos, a Defensoria busca a reabertura do processo para esclarecer as circunstâncias das mortes de Emily e Rebecca.

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Menino Gui, torcedor do Vasco, celebra como Torcedor do Ano: ‘Estou muito feliz’

Menino Gui celebra prêmio de Torcedor do Ano e agradece votos que recebeu: ‘Estou muito feliz’

Guilherme Gandra, de 10 anos, é torcedor e ‘xodó’ do Vasco da Gama, mas é estimado pelas torcidas de vários clubes. Ele é portador de uma doença autoimune rara chamada epidermólise bolhosa.

Guilherme Gandra ganha prêmio da Fifa de Torcedor do Ano

Guilherme Gandra, o menino Gui, de 10 anos, torcedor do Vasco da Gama, celebrou a conquista do troféu Torcedor do Ano no “Fifa The Best Football Awards” agradecendo os votos que recebeu.

“Pessoal, muito obrigado por votar em mim, eu agradeço a todos que me apoiaram. Estou muito feliz”, destacou Gui.

Ele é portador de uma doença autoimune rara chamada epidermólise bolhosa, que fragiliza a pele, fazendo com que surjam feridas e bolhas ao menor atrito.

Gui ficou conhecido depois que um vídeo compartilhado por sua mãe viralizou nas redes sociais, em junho de 2023. Na época, Tayane registrou o encontro com o filho depois de ele ficar 16 dias em coma induzido.

Desde então, Gui se tornou um torcedor símbolo do Vasco e sua história ultrapassou os limites do time. Ele passou a ganhar camisas de diferentes times e recebeu convites para visitar instalações de clubes no exterior, registrando momentos ao lado de jogadores diversos.

Em novembro de 2023, Gui foi a Brasília conhecer o presidente Lula. O menino conseguiu trazer visibilidade para a doença. Tanto, que foi sancionada a “Lei Gui” no estado do Rio de Janeiro, que prevê o pagamento de pensão e custeamento de medicamentos, curativos e outras despesas a portadores de epidermólise bolhosa.

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