Em um caso que tem intrigado a população, um suspeito investigado por lavagem de dinheiro sob a liderança do deputado estadual conhecido como Binho Galinha, em Feira de Santana, foi assassinado a tiros logo após deixar o presídio. Kleber Herculano de Jesus, conhecido como “Compadre Charutinho”, possuía um histórico substancial de crimes contra o patrimônio, conforme informou o MP-BA. O assassinato ocorreu na noite de segunda-feira (14) na cidade de Feira de Santana, na Bahia.
De acordo com o delegado Yves Correia, coordenador regional da Polícia Civil (PC), o homem foi atacado a tiros ao chegar na cidade após sair do Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador. Kleber Herculano de Jesus foi morto no local do crime e seu corpo foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) da região, sem detalhes sobre o sepultamento.
O caso, que será apurado pela Polícia Civil de Feira de Santana, ainda não resultou na prisão de nenhum envolvido no assassinato, até a última atualização. O deputado Binho Galinha foi denunciado pelo MP-BA como chefe de uma milícia envolvida com lavagem de dinheiro na cidade, juntamente com outras pessoas como o tenente-coronel da Polícia Militar José Hildon Brandão.
As investigações apontam que o grupo era suspeito de lavar dinheiro proveniente de atividades como jogo do bicho, agiotagem, receptação qualificada e desmanche de veículos. Durante as ações de busca e apreensão realizadas em 2023, diversos bens dos envolvidos foram bloqueados pelo valor de R$ 200 milhões, incluindo propriedades urbanas e rurais, mandados de prisão e busca, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas.
Segundo a denúncia do MP-BA, Binho Galinha utilizava suas empresas para lavar dinheiro e revender peças de carros roubados em sua loja de autopeças em Feira de Santana. Análises da Polícia Federal identificaram movimentações financeiras suspeitas e indícios de atividades ilícitas relacionadas à empresa. A Tend Tudo, loja de autopeças de Binho Galinha, recebeu vultosas quantias de dinheiro sem a devida documentação legal, levantando questionamentos sobre a origem dos recursos.
Além disso, em 2020, a empresa emitiu uma nota fiscal de R$ 3 milhões devido à venda de mil cabines de caminhão, levantando suspeitas sobre a origem e legalidade dessas transações. As investigações apontam para um esquema complexo de lavagem de dinheiro e venda de peças roubadas envolvendo Binho Galinha e seu círculo de relacionamentos criminosos. Este caso continuará sendo acompanhado de perto pela Polícia Civil de Feira de Santana e pelas autoridades competentes.