Investigado procurado pela polícia se entrega após enviar mensagem ao delegado: ‘Sou evangélico, tenho que pagar pelo meu erro’

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Procurado pela polícia envia mensagem para delegado na rede social e se entrega: ‘Sou evangélico, tenho que pagar pelo meu erro’

Uma mensagem enviada por rede social chamou a atenção do delegado Fernando Storti, da Polícia Civil de Araguari, na quinta-feira (21). O remetente era um jovem de 23 anos, procurado entre os foragidos da terceira fase da Operação Aqueronte, que comunicou a decisão de se entregar voluntariamente. No texto, ele relatava ter se convertido, reconhecia os erros do passado e afirmava que não pretendia fugir. Veja acima.

O investigado, que não teve o nome divulgado pelo delegado, consta na lista dos 36 procurados da força-tarefa, que apura diversos crimes e rixa entre duas facções criminosas com atuação na região do Triângulo Mineiro.

Na mensagem, o investigado informou que estava na cidade de Unaí, trabalhando de carteira assinada, mas se comprometeu a comparecer à delegacia de Araguari no dia seguinte. “Hoje sou evangélico e tô indo na igreja. Tenho que pagar pelo meu erro, eu quero me entregar amanhã pela manhã”, escreveu.

Após ler a mensagem na rede pessoal, o delegado disse ao Diário do Estado que ficou surpreso com a situação inédita em seus 17 anos na Polícia Civil e brincou: “Normalmente procuram um advogado para falar comigo”. Ainda segundo Storti, o investigado cumpriu a promessa e compareceu nesta sexta-feira (22) na delegacia, sendo cumprido o mandado de prisão preventiva. O rapaz vai responder pelo crime de associação criminosa.

Onze pessoas foram presas e uma arma de fogo apreendida durante a terceira fase da Operação Aqueronte, em Araguari. Ao todo, foram cumpridos 49 mandados de busca e apreensão e 36 mandados de prisão, além da apreensão de munições, rádios e drogas em Uberlândia, Sacramento, Uberaba, Araxá, Coronel Fabriciano e Praia Grande (SP). A ação conjunta entre as polícias Civil, Militar, Penal e o Ministério Público de Minas Gerais teve como objetivo o enfrentamento a duas organizações criminosas da cidade.

A primeira fase da operação foi deflagrada em 11 de julho, em Araguari, e teve como foco suspeitos de ligação com uma organização criminosa envolvida em homicídios, tráfico de drogas e porte ilegal de armas. Na ocasião, foram cumpridos 9 mandados de busca e apreensão nos bairros São Sebastião, Bela Suíça, Madri, Nossa Senhora de Fátima, Brasília e na zona rural. O resultado foi a apreensão de munições, armas de fogo, dinheiro, celulares e prisões.

Essa fase também concluiu a investigação sobre o homicídio de um jovem ocorrido em maio, durante um luau clandestino em Araguari. Somando as duas fases da operação, ao longo dos últimos dois meses, as forças de segurança apreenderam 21 armas de fogo e diversas munições, drogas e valores em dinheiro. As autoridades afirmaram que as investigações continuam para desarticular por completo os grupos criminosos que disputam áreas de atuação no Triângulo Mineiro e em outros estados.

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