Investimento milionário de El Salvador em Bitcoin sofre com perda de 26%

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Investimento milionário de El Salvador em Bitcoin sofre com perda de 26%

No último final de semana, o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, anunciou a compra de mais de 140 unidades de bitcoin com as reservas do país, por cerca de US$ 15 milhões de dólares, chegando a um total de 1.801 bitcoin no tesouro nacional. Apesar de ainda ser uma boa ideia para o futuro, o ousado movimento tem acumulado, até o momento, uma queda de mais de um quarto do valor – e prejuízo milionário.

Com a queda recente no preço da principal criptomoeda do mundo, atualmente negociada a US$ 36 mil. o investimento do governo salvadorenho acumula perda de 26,4% do seu valor – os 1.801 bitcoins que El Salvador comprou por US$ 88,4 milhões, atualmente valem cerca de US$ 65 milhões.

Claro, a perda ainda é virtual já que o governo salvadorenho não vendeu nenhum bitcoin e continua com a mesma quantidade do ativo em caixa. Mesmo considerando que as perspectivas de valorização da criptomoeda no longo do prazo continuem e que as teses de investimento em bitcoin não foram afetadas nem estão ligadas à queda recente de preço, a situação é preocupante, especialmente por se tratar de um país cuja economia enfrenta problemas.

O contexto de crise econômica, aliás, é uma das principais razões para o país centro-americano ter decidido adotar o bitcoin como uma moeda de curso forçado em setembro de 2021. A medida visa aumentar o interesse de investidores no país e oferecer aos salvadorenhos uma maneira mais eficiente de realizar remessas internacionais.

Operação de Bitcoin

Desde que adotou a criptomoeda, El Salvador prometeu criar uma operação de mineração de bitcoin utilizando energia produzida pelas usinas geotérmicas do país, além de ter investido pesado na compra de criptomoeda.

A primeira compra aconteceu em setembro, com gastos de cerca de US$ 35 milhões em 700 bitcoins. Em outubro, Bukele anunciou que o país havia adquirido mais de 420 bitcoins a um preço médio de todos os tempos, de 69 mil dólares, ele comprou outras 100 unidades da criptomoeda por cerca de US$ 54 mil cada um.

A alocação mensal continuou em dezembro, quando El Salvador adicionou outras 171 moedas, fazendo com que o país encerrasse 2021 com 1.391 BTC em reserva. A queda do bitcoin em janeiro desde ano motivou o governo Bukele a realizar novo aporte: no último sábado, foram mais 410 bitcoins a cerca de US$ 15 milhões.

Recentemente, Nayib Bukele fez uma previsão de que o preço da criptomoeda vai ”atingir seis dígitos” ainda em 2022. Ele também trabalha no projeto de desenvolvimento da ”Cidade Bitcoin” no país.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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