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Investimentos de novas indústrias em Goiás devem superar R$ 900 milhões

Última atualização 19/04/2017 | 14:32

O Governo de Goiás prevê que a atração de novas indústrias para o estado trará um investimento superior aos R$ 900 milhões em 2017,valor maior que o do ano passado. Em 2016, o território goiano recebeu 9 novas indústrias de ramos diversificados, totalizando R$ 896 milhões em volume de investimentos, que resultaram na geração de 3.980 empregos diretos e 10.840 indiretos.

As atividades vão desde a fabricação de painéis solares, passando por medicamentos, cervejarias e refrigerantes, por exemplo, tratando-se de empresas nacionais e internacionais. Segundo o chefe de Gabinete de Gestão da Promoção e Atração de Investimentos e Negócios de Goiás, Investe Goiás, Leonardo Jayme, esse montante deve ser superado em 2017, já que estão avançadas as negociações com quatro empresas que manifestaram interesse em instalar fábricas no estado, podendo representar uma injeção de R$674 milhões em investimentos na economia goiana, caso os negócios sejam concretizados com o Estado de Goiás, por meio da assinatura do termo de Protocolo de Intenções.

O Investe Goiás, unidade da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SED), foi instituído no final de 2016 por meio de lei estadual e, apesar do pouco tempo de existência, está colhendo bons resultados. O objetivo é atrair novos investimentos com foco na geração de emprego e renda, garantindo a melhoria na arrecadação dos cofres do Estado e impulsionando o desenvolvimento da economia goiana.

Leonardo observa que, ao longo dos últimos anos, houve uma mudança no comportamento dos investidores e empresários que são recebidos por representantes do governo estadual, com maior interesse voltado para a rede de infraestrutura e logística e para a localização estratégica do estado, no Centro do país. “É muito bom hoje ver que há 15, 20 anos basicamente essas pessoas vinham em busca somente dos incentivos fiscais. Hoje, o investidor já enxerga que o Estado ganhou em infraestrutura, porque ela melhorou significativamente. Nós hoje temos uma malha rodoviária muito bem conservada, uma malha viária que em boa parte foi duplicada, reformada então oferece condições muito adequadas assim como nós crescemos em outro tipo de infraestrutura”, afirma.

Ele reforça as potencialidades que o Estado tem a oferecer nesta área, com a conclusão de uma obra considerada fundamental para que a economia goiana continue se destacando em nível nacional: o Aeroporto de Cargas de Anápolis – prevista no rol de investimentos do Programa Goiás na Frente, do Governo de Goiás.

“Quando nós falamos que, em breve, teremos em Anápolis o segundo maior aeroporto de cargas do país, operando grandes aeronaves cargueiras, isso tem causado muito interesse do investidor. Ele vislumbra não só a importação de matérias-primas, como também a oportunidade de vender o seu produto e escoar por mais um modal de transporte, que é o aéreo. Quando a gente mostra que a Plataforma Logística Multimodal está lá localizada em Anápolis do qual esse aeroporto de cargas faz parte, do qual o entroncamento rodoviário e as ferrovias fazem parte, então, tudo isso hoje passou a ser diferencial, não somente o incentivo fiscal”, comenta.

Leonardo, no entanto, reconhece a importância da atrativa política de incentivos fiscais concedidos pelo Governo de Goiás, especialmente o Programa Produzir e demais ações implantadas pelo governador Marconi Perillo no sentido de promover o crescimento econômico do Estado, como a qualificação da mão de obra e as missões internacionais. “Outra grande preocupação do governador é em relação à capacitação da mão de obra qualificada, por meio da UEG, da rede Itego, da construção de parcerias com o Sistema S e isso também é visto com bons olhos pelos investidores. O governador está sempre de portas abertas para recebê-los. As missões são importantíssimas porque nos ajudam a vender o estado fora do país e não são poucas as empresas chegam aqui, fruto dessas missões”, diz.

Panorama econômico
Números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o desempenho da indústria, divulgados no último dia 11 de abril, confirmam a rápida recuperação da economia de Goiás após a crise nacional: o Estado liderou o crescimento industrial entre dezembro de 2016 e fevereiro de 2017, com alta de 3,7%, e alcançou o terceiro lugar no primeiro trimestre deste ano, com expansão de 4,9%.

A expansão industrial mostra o efeito das medidas de estímulo à economia implantadas pelo Governo de Goiás para mitigar os efeitos da repressão, com destaque para o programa de incentivos fiscais, as missões comerciais para o exterior e as medidas de austeridade.

Sobre o panorama econômico goiano acima da média, Leonardo acrescenta: “O Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás deu um salto de R$17 bilhões em 2000 para cerca de R$200 bilhões em 2017 e há quase 48 meses mantém o superávit na balança comercial”.

Interiorização 

De acordo com o chefe de Gabinete de Gestão da Promoção e Atração de Investimentos e Negócios de Goiás, Investe Goiás, Leonardo Jayme, outra meta é estimular o processo de industrialização também nas cidades do interior, a fim de reduzir as desigualdades regionais e assegurar o desenvolvimento da economia em municípios distantes da capital que também tenham potencial de crescimento. A parceria dos prefeitos tem é fundamental para o cumprimento desse objetivo, conforme destaca. Na maioria dos casos, os chefes do Executivo municipal colaboram cedendo o terreno para a instalação das fábricas.

Leonardo exemplifica, com base na assinatura dos termos de Protocolo de Intenções já firmados com o estado, apenas alguns casos: Palmeiras de Goiás, Hidrolândia, Goianésia e Jandaia. Cinco empresas vão se instalar nesses municípios, totalizando R$470 milhões, representando 1730 novos empregos diretos e 3.990 indiretos.

Palmeiras de Goiás, a 72 quilômetros de Goiânia, foi escolhida para sediar uma unidade da Aeroálcool Tecnologia Ltda, empresa nacional especializada na fabricação de aeronaves de passageiros de pequeno porte. As obras deverão ser iniciadas ainda neste ano, com previsão de operação para 2018. O investimento inicial será de R$170 milhões, com a geração de 570 empregos diretos e 1710 indiretos.

Hidrolândia, localizada na Região Metropolitana de Goiânia, receberá uma fábrica da empresa gaúcha Sierra Móveis (foto), considerada a maior em produção de madeira maciça da América Latina. A empresa possui 84 lojas no Brasil, duas em Miami e uma no Peru. Na unidade, será empregada tecnologia alemã, que permite vedação total de som e economia do ar condicionado em até 50%. As obras estão previstas para o primeiro semestre de 2017. Trata-se de um investimento de R$120 milhões que possibilitará a criação de 400 empregos diretos e 1,2 mil empregos indiretos. Outra novidade é que a empresa pretende montar um centro de pesquisa no Pólo de Tecnologia municipal.

Em Goianésia, serão instalados dois grupos de montadoras de veículos: a chinesa Zotye (investimentos de R$ 88 milhões, com 250 empregos diretos e 450 indiretos) e a Electromotors Ltda, fabricante de veículos de propulsão elétrica (R$ 82 milhões, com 250 empregos diretos e 450 indiretos). A previsão da empresa asiática é fazer cerca de 20 mil carros ao ano.

Por fim, Jandaia, a 120 quilômetros, foi eleita pela Lamak, indústria alimentícia que faz o processamento de gergelim. Serão 10 milhões em investimentos, com 60 empregos diretos e 180 indiretos. O Protocolo de Intenções foi assinado em dezembro de 2016, ocasião em que outras quatro indústrias firmaram o termo com o Governo de Goiás em solenidade realizada no Palácio Pedro Ludovico Teixeira: A Bio Scie (Anápolis); Coteminas (Acreúna); Farmtrac (Anápolis); e Dudalina (Aparecida de Goiânia).

Fonte: Goiás Agora

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