Investimentos publicitários para internet superam anúncios para TV

Durante o ano de 2017, anunciantes investiram mais em plataformas digitais do que na televisão tradicional. É o que revela pesquisa da Magna, departamento de pesquisa da empresa de compras mídia IPG Mediabrands, divulgada pelo portal Comunique-se.

As despesas de anúncios na internet atingiram, segundo a pesquisa, US $ 209 bilhões em todo o mundo – 41% do mercado – em 2017, enquanto os investimentos na TV ficaram em torno dos US $ 178 bilhões – 35% do mercado. A pesquisa da Magna mostra ainda que as despesas com anúncios na TV ainda cresce lentamente e que, dependendo do ano, os grandes publicitários dessa plataforma ainda não dedicam a maior parte do seu orçamento para o digital, mesmo que o Facebook e Google insistam muito para que isso se realize.

A expectativa de crescimento com anúncios digitais é de 13% para 2018, chegando a marca de US $ 237 bilhões, enquanto para a televisão crescerão em 2,5%, atingindo US $ 183 bilhões, devido a eventos como as Olimpíadas. A Magna ainda espera que em 2020 os anúncios digitais representem 50% das despesas com publicidade.

Profissionais de empresas de publicidade de Goiânia sentiram essa mudança e, segundo Pedro Paulo Gazza Filho, diretor da Dois Z Publicidade, houve aumento tanto na quantidade de anúncios quanto no investimento do orçamento para internet.

“Os valores de investimento tanto na internet quando na TV foram aproximados, mas a primeira acabou ultrapassando a segunda”, revela o diretor. Só em 2017, os clientes da empresa optaram por focar nas mídias digitais, plataforma que recebeu 28% de aumento nos investimentos quando comparado ao ano passado.

Em 2017, o digital teve 39% de verba aplicada pelos clientes da agência, enquanto o restante ficou com as mídias tradicionais, como TV, rádio e cinema. “Entre as mídias digitais, o maior investimento está no Google Adwords, seguidos do Facebook e Instagram”, comenta ainda Paulo Gazza. A Dois Z atende hospitais, empórios e a indústria de café.

Lucas Mendonça

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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