IPCA: Inflação no Brasil fecha 2024 em 4,71%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), que serve como prévia da inflação oficial, fechou o ano de 2024 com uma taxa de 4,71%. Este valor é semelhante ao registrado em 2023, que foi de 4,72%, e permanece acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é 4,50%, conforme informado pelo IBGE.

O grupo alimentação e bebidas foi o principal responsável pela inflação neste ano, com uma alta acumulada de preços de 8% no período. Dentre os produtos com maiores aumentos, destacam-se óleos e gorduras (20,42%), carnes (19,48%), frutas (14,18%), bebidas (13,11%), leites e derivados (11,10%) e cereais, leguminosas e oleaginosas (10,04%). Esses aumentos refletem a pressão sobre o orçamento familiar, especialmente em relação a itens essenciais.

Além do grupo alimentação e bebidas, outros setores também apresentaram variações significativas. Os grupos de despesa saúde e cuidados pessoais e educação registraram taxas de 6,03% e 6,82%, respectivamente. Os demais grupos apresentaram as seguintes taxas: despesas pessoais (5,12%), habitação (3,44%), comunicação (2,99%), transportes (2,32%), vestuário (2,25%) e artigos de residência (0,83%).

Tendências em Dezembro

No mês de dezembro, o IPCA-15 registrou uma taxa de 0,34%, ficando abaixo da prévia do mês anterior (0,62%) e de dezembro do ano passado (0,40%). Cinco dos nove grupos de despesas apresentaram alta na prévia de dezembro. O grupo alimentação e bebidas teve o maior impacto, com uma taxa de inflação de 1,47%, impulsionada por itens como óleo de soja (9,21%), alcatra (9,02%), contrafilé (8,33%) e carne de porco (8,14%).

Outros grupos com altas importantes foram despesas pessoais (1,36%) e transportes (0,46%). Por outro lado, o grupo habitação contribuiu para frear a prévia da inflação em dezembro, com uma deflação (queda de preços) de 1,32%, principalmente devido à redução no preço da energia elétrica residencial, que recuou 5,72% com o retorno da bandeira tarifária verde no início do mês.

O IPCA-15 trimestral, também conhecido como IPCA-E, registrou uma taxa de 1,51% segundo o IBGE. Essa métrica fornece uma visão mais ampla das tendências de preços ao longo do trimestre.

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Criança expulsa de casa após denunciar padrasto por abuso é acolhida pela polícia

Criança que foi expulsa de casa pela mãe após denunciar padrasto por abuso foi encontrada chorando em rua, diz polícia

Menina de 9 anos foi acolhida por testemunha, que chamou a polícia. Mãe mudou a versão sobre o caso depois de ser presa.

Padrasto suspeito de abusar de criança de 9 anos expulsa de casa pela mãe está foragido

Padrasto suspeito de abusar de criança de 9 anos expulsa de casa pela mãe está foragido

A criança que foi expulsa de casa pela mãe após denunciar o padrasto por abuso foi encontrada chorando na rua, disse a Polícia Civil. De acordo com o delegado André Barbosa, a menina de 9 anos foi acolhida pela pessoa que fez a denúncia.

“Uma testemunha [que ligou para a polícia] relatou ter acolhido a criança vítima, com 9 anos de idade, após ela ter sido encontrada chorando na via pública, nas proximidades da residência [da menina]”, disse o delegado.

Os nomes dos suspeitos não foram divulgados pela polícia. O DE não conseguiu identificar a defesa deles até a última atualização desta reportagem.

O caso aconteceu no dia 24 de dezembro, em Caldas Novas, no sul de Goiás. O delegado informou que a menina contou à testemunha que foi expulsa de casa pela mãe depois de contar que havia sofrido abuso sexual do padrasto. A PC foi ao endereço da menina assim que recebeu a denúncia.

“A Polícia Civil fez diligências para tentar encontrar a mãe e o padrasto, só que eles não foram encontrados de imediato. Cerca de 20 minutos depois, a mãe retornou à residência, momento em que foi dada a voz de prisão em flagrante”, narrou o delegado André Barbosa.

A jovem de 27 anos, mãe da garota, foi presa. No local, a polícia informou que encontrou outras três crianças: um bebê de 7 meses e duas crianças com idade entre 3 e 5 anos, deixadas sozinhas.

“Em razão de sua atitude omissiva [de não proteger a filha], ela foi autuada em flagrante, tanto por estupro de vulnerável, quanto por abandono de incapaz, em razão de as crianças terem sido encontradas sozinhas, sem supervisão de adultos”, explicou o delegado.

Durante a prisão em flagrante, a mulher teria falado aos policiais que a menina estava mentindo sobre os abusos. Depois, na delegacia, disse que acreditava na versão da menina.

“André Barbosa informou que a mulher foi liberada após audiência de custódia. O padrasto é considerado foragido, de acordo com o delegado.

As crianças foram entregues aos cuidados da avó materna pelo Conselho Tutelar, informou André. Ele acrescentou que o caso foi encaminhado para a Delegacia Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e para a vara de infância e juventude, que deve decidir sobre a guarda das crianças.

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