A inflação oficial brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou para 0,16% em janeiro, após alta de 0,52% em dezembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este foi o menor índice registrado para o mês desde o Plano Real. A taxa também ficou em linha com a mediana das projeções de 34 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data.
Com esse resultado, o IPCA acumulou uma variação de 1,24% nos últimos 12 meses. Os principais responsáveis pela desaceleração foram os grupos de Alimentação e Bebidas, que caíram de 1,74% em dezembro para 0,27% em janeiro, e Transportes, que passaram de 1,56% para 0,41% no mesmo período. Outros grupos, como Saúde e Cuidados Pessoais e Vestuário, tiveram altas mais expressivas.
A queda no IPCA reflete o menor impacto inflacionário do momento, com a economia buscando se recuperar após os efeitos negativos da pandemia. A variação mais contida nos preços dos alimentos e dos transportes contribuiu para a desaceleração geral dos índices inflacionários, trazendo um alívio para as famílias brasileiras.
Os dados do IBGE indicam que alguns produtos importantes tiveram quedas de preços significativas em janeiro, como as frutas (-2,98%) e as passagens aéreas (-5,08%). O comportamento dos preços desses itens impactou diretamente no índice geral de inflação, ajudando a manter a taxa em um patamar mais baixo, dentro das expectativas do mercado.
Diante desse cenário, as projeções para o IPCA nos próximos meses são de uma manutenção da tendência de desaceleração, com os efeitos sazonais e pontuais continuando a influenciar os índices. A expectativa é de que a inflação se mantenha sob controle, permitindo a recuperação econômica de forma mais equilibrada e sustentável.