IPVA 2024: 252 mil motoristas de Campinas devem R$ 199 mi; saiba como pagar e calendário 2025

IPVA: 252 mil motoristas da região de Campinas devem o pagamento de 2024; saiba como quitar

Ao todo, devedores da região precisam pagar R$ 199 milhões ao estado de SP. Calendário para 2025 foi divulgado na semana passada; confira.

1 de 3 Movimento de carros em avenida de Campinas — Foto: Reprodução/EPTV

A um mês do início do calendário para pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 2025, a região de Campinas (SP) tem 252 mil motoristas que ainda não quitaram as parcelas do tributo deste ano.

Somadas, as dívidas dos motoristas com o IPVA 2024 alcançam R$ 199 milhões. Só Campinas tem 59 mil proprietários de veículos com o imposto atrasado – veja no gráfico abaixo.

Os devedores da metrópole precisam pagar, juntos, R$ 40,3 milhões ao estado.

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Há, ainda, 155.950 donos de veículos que devem o IPVA de 2023 – montante que chega a R$ 94,3 milhões.

COMO QUITAR AS DÍVIDAS?

💰 Primeiro, é importante saber que o atraso gera multa e taxação extra de juros. Ou seja, quanto mais tempo o motorista levar para pagar o IPVA atrasado, maior o rombo.

A multa diária é de 0,33% até o limite de 20% sobre o valor do imposto. Já o acréscimo de juros é de, no mínimo, 1% ao mês, incidente sobre o valor do IPVA somado à multa. O percentual é fixado com base na taxa básica de juros da economia, a Selic.

Para pagar, o morador deve informar o código Renavam na rede bancária autorizada, em lotéricas ou acessar o Sistema Pix IPVA, que aceita o pagamento por meio de QR Code .

Segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), o sistema calcula automaticamente o valor devido, mas ele também pode ser consultado aqui.

🚨Mas, atenção: esse método funciona somente para pagamento de dívidas de até cinco anos. O contribuinte que deve IPVA anterior a esse período precisa retirar um Guia de Arrecadação de Receitas Estaduais (Gare) para quitar. Para gerar o Gare, clique aqui.

2 de 3 IPVA 2024: Campinas tem 59 mil devedores do imposto estadual — Foto: Reprodução/EPTV

IPVA 2024: Campinas tem 59 mil devedores do imposto estadual — Foto: Reprodução/EPTV

IPVA 2025

O calendário do IPVA 2025 foi publicado na sexta-feira (13) no Diário Oficial, que também trouxe as regras de pagamento e estipulou o percentual de desconto de 3% para quitação integral das parcelas no mês de janeiro.

Quem optar pelo pagamento parcelado poderá fazer em até cinco parcelas, a partir de janeiro até o mês de maio. A data de vencimento das parcelas vai depender do final da placa de cada veículo, conforme abaixo:

* Placa final 1: dia 13 de cada mês;
* Placa final 2: dia 14 de cada mês;
* Placa final 3: dia 15 de cada mês;
* Placa final 4: dia 16 de cada mês;
* Placa final 5: dia 17 de cada mês;
* Placa final 6: dia 20 de cada mês;
* Placa final 7: dia 21 de cada mês;
* Placa final 8: dia 22 de cada mês;
* Placa final 9: dia 23 de cada mês;
* Placa final 0: dia 24 de cada mês.

3 de 3 Calendário do IPVA 2025 publicado pelo governo de São Paulo nesta sexta-feira (13). — Foto: Reprodução/GESP

Calendário do IPVA 2025 publicado pelo governo de São Paulo nesta sexta-feira (13). — Foto: Reprodução/GESP

Os moradores também podem pagar a totalidade em fevereiro, mas sem qualquer desconto. Neste caso, seguem os mesmos dias estabelecidos para o pagamento em janeiro, de acordo com o final da placa.

“Tratando-se de veículos de carga, categoria caminhão, o contribuinte poderá optar por pagar o imposto, na forma deste artigo, até o dia 22 (vinte e dois) do mês de abril”, diz o Diário Oficial.

O parcelamento em até cinco vezes será em parcelas iguais consecutivas. A primeira parcela de janeiro e as demais dos meses subsequentes terão vencimento nos mesmos dias estabelecidos acima, de acordo com o número final da placa.

ADIANTAMENTO DE LICENCIAMENTO

Segundo o governo de São Paulo, o usuário do Sistema de Licenciamento Eletrônico, desenvolvido pelo Departamento Estadual de Trânsito – Detran-SP e pela Secretaria da Fazenda e Planejamento, que tem o veículo já regularmente licenciado relativamente ao exercício de 2024, pode optar pela antecipação do licenciamento do carro até o mês de vencimento da última parcela do IPVA.

Nesse caso, o proprietário poderá, independentemente do número final da respectiva placa, efetuar o pagamento do saldo do IPVA referente ao exercício de 2025 da seguinte forma:

1. Em cota única, até o dia 24 de janeiro de 2025, com o desconto previsto de 3%.
2. Em cota única, até o dia 24 de fevereiro de 2025;
3. Até o dia 24 do mês de vencimento da parcela, caso tenha optado pelo parcelamento.

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Seis policiais civis de SP presos por corrupção após delação de empresário em 2023-2024: caso ligado ao PCC. A Polícia Federal e Ministério Público agiram contra agentes corruptos.

Seis policiais civis de São Paulo já foram presos após terem sido delatados entre 2023 e 2024 por Vinicius Gritzbach. O empresário acusou os agentes da Polícia Civil de corrupção e de fazerem lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Dois policiais civis haviam sido detidos em 3 de setembro numa operação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público (MP). Na terça-feira (17), mais quatro agentes da Polícia Civil, incluindo um delegado, foram presos pela PF e pelo MP.

Além deles, mais três pessoas, sendo um advogado, foram presas pela Polícia Federal e Ministério Público também na terça. Todos os seis foram delatados por Gritzbach e são suspeitos de colaborarem com a facção criminosa PCC.

O empresário foi morto a tiros em 8 de novembro quando desembarcava no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Câmeras de segurança gravaram o crime cometido por dois homens encapuzados e com fuzis que fugiram em seguida. Um motorista por aplicativo foi atingido por um dos disparos e também morreu.

Dois suspeitos de participarem da execução dele foram presos dias depois pela força-tarefa criada pelo governo paulista para investigar o caso. Eles teriam ligação com o Primeiro Comando da Capital. Além do possível envolvimento do PCC no assassinato de Gritzbach, as autoridades apuram a hipótese de que policiais possam ter participado do crime. O empresário atuava no ramo imobiliário e havia sido contratado por membros da facção para lavar dinheiro do tráfico de drogas para eles.

As delações feitas por Gritzbach ajudaram a PF e o MP a identificarem os policiais apontados pelo empresário como corruptos e ligados ao Primeiro Comando da Capital. De acordo com a investigação, o esquema envolvia manipulação e vazamento de investigações policiais, venda de proteção a criminosos e corrupção para beneficiar um esquema de lavagem de dinheiro do PCC.

Os policiais Valdenir Paulo de Almeida, apelidado de “Xixo”, e Valmir Pinheiro, conhecido como “Bolsonaro”, estão presos. Os policiais presos em setembro durante a “Operação Face Off” foram: Valdenir Paulo de Almeida, apelidado de “Xixo”, agente policial; Valmir Pinheiro, conhecido como “Bolsonaro”, investigador da polícia.

Os quatro policiais detidos na terça na Operação Tacitus, da PF e do MP, são: Fábio Baena, delegado; Eduardo Lopes Monteiro, investigador; Marcelo Roberto Ruggieri, investigador; Marcelo Marques de Souza, o Marcelo “Bombom”, investigador. Ahmed Hassan Saleh, o “Mude”, advogado; Ademir Pereira Andrade e Robinson Granger de Moura, o “Molly”, são empresários.

O policial civil Rogério de Almeida Felício, o ‘Rogerinho’, procurado pela Polícia Federal na operação deflagrada nesta terça-feira (17), em São Paulo. Matheus Augusto de Castro Mota e Matheus Soares Brito são suspeitos de participarem da execução de Gritzbach. Kauê do Amaral Coelho é outro suspeito procurado como foragido pelo homicídio do empresário.

A Corregedoria da Polícia Civil investiga todos os policiais citados na delação, incluindo os agentes presos. A Polícia Civil é uma instituição legalista e não compactua com desvio de conduta, punindo com rigor todos os casos constatados. Uma força-tarefa foi criada para investigar o homicídio ocorrido no Aeroporto Internacional de Guarulhos e dois suspeitos já foram presos. As corregedorias das polícias Civil e Militar colaboram com as apurações e todos os agentes envolvidos, sejam civis ou militares, estão afastados das atividades operacionais até a conclusão dos trabalhos investigativos.

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