IR 2022: Receita prorroga prazo de entrega da declaração

O contribuinte que ainda não começou a separar a documentação para a declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) de 2022 já pode respirar mais aliviado. É que a Receita Federal decidiu prorrogar o prazo de entrega, inicialmente estabelecido em 29 de abril, para 31 de maio. A instrução normativa consta da edição desta terça-feira (5) do Diário Oficial da União (DOU). O mesmo se aplica à declaração de Imposto de Renda de quem saiu do país e da declaração de espólio.

Também foi prorrogado o prazo para quem tem imposto a pagar e pretende colocar a primeira parcela (ou a quota única) em débito automático no banco. Neste caso, a declaração do IR 2022 deve ser enviada até o dia 10 de maio. Assim, o contribuinte ganha mais um mês, já que a data anterior era 10 de abril.

Entretanto, a mudança no prazo de entrega da declaração não terá reflexo sobre os pagamentos das restituições. As datas foram preservadas, começando no mês de maio e seguindo até setembro, ou seja, em um total de cinco lotes. Como sempre acontece, o primeiro é destinado a grupos específicos, que incluem idosos, pessoas com deficiência física ou mental ou doença grave e profissionais cuja maior fonte de renda seja o magistério.

O início da entrega ocorreu no último dia 7 de março e a estimativa da Receita Federal é que o número este ano chegue a 34,1 milhões de declarações. No entanto, até a sexta-feira (1), a Receita Federal havia recebido pouco mais de um terço do total esperado, o que pode ter contribuído com a decisão de prorrogar o prazo.

Quem é obrigado a declarar e não o fizer, ou enviar fora do prazo, terá que pagar multa de, no mínimo, R$ 165,74, e, no máximo, o correspondente a 20% do imposto devido.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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