Irapuan toma posse hoje na Secretaria de Segurança Pública

O ex-governador Irapuan Costa Júnior assume hoje, em solenidade que acontece às 14 horas no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, a Secretaria de Segurança Pública, em substituição a Ricardo Balestreri, que agora é secretário-chefe do Gabinete de Assuntos Estratégicos do Governo de Goiás.
Filho de policial, já foi prefeito de Anápolis e governador de Goiás, senador, deputado federal, deputado estadual e presidente da Celg. Irapuan Costa Júnior contou que só aceitou o convite para ser o novo SSP em respeito ao governador Marconi Perillo e ao vice-governador José Eliton.  “É um sentimento de dever para com meu estado, para que Goiás não vire um Rio de Janeiro e para que o Brasil não siga o caminho da Venezuela”.
O novo secretário disse que vai aproximar dos policiais, ter um bom diálogo com as forças policiais e trabalhar para que o policial seja motivado. No início da noite, Irapuan participa, já como secretário, da troca de comando da Polícia Militar, na sede da Academia da PM, no Setor Leste Universitário. O coronel Divino Alves de Oliveira passa o comando-geral da PM ao coronel Sílvio Vasconcelos Nunes.
A solenidade de posse do delegado-geral da Polícia Civil, André Fernandes, que entra no lugar do delegado Álvaro Cássio dos Santos, não havia sido definida até o início da noite de ontem. Irapuan Costa Júnior disse que a troca de comando é comum na PM e que a substituição do comando da PC se dá porque o delegado Álvaro Cássio pretende se candidatar na próxima eleição.
O novo SSP já aprovou também os nomes dos coronéis Ricardo Rocha e Ricardo Mendes para assumirem, respectivamente, os cargos de subcomandante-geral da PM e o Comando do Policiamento da Capital.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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