Prefeito disse que a Caixa “deve explicação a Goiânia”
O prefeito Iris Rezende disse ontem que a Caixa Econômica Federal (CEF) está devendo uma explicação a Goiânia e que a cidade “não merece este tratamento”. Ele referia-se ao impasse da paralisação das obras do Bus Rapid Transit (BRT) Norte-Sul da Capital, suspensas desde julho pela Caixa Econômica Federal em virtude de um impasse burocrático entre os órgãos federais. Iris Rezende falou do assunto durante a realização, na manhã de ontem, de uma frente de serviços realizada no Residencial Buena Vista, Região Sudoeste de Goiânia.
O prefeito se referiu à CEF, instituição responsável pelo repasse de recursos à obra. “Nós estamos chamando à responsabilidade a Caixa. Ela está devendo uma explicação a Goiânia. Por que recebeu da nossa administração o dinheiro que faltava para a obra, autorizou e depois suspendeu? Eu disse ao próprio presidente nacional da Caixa Econômica Federal: Goiânia não está a merecer esse tratamento”. O prefeito disse que só retomou as obras após diversas reuniões com o banco, que declarou não haver nenhum problema além a contrapartida que foi acertada pela atual gestão.
Outros órgãos federais estão envolvidos na paralisação, como o Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria Geral da União (CGU), mas o prefeito citou especificamente a Caixa Econômica. “Todas as autoridades federais com as quais nós temos relacionamento estão interferindo para resolver essa questão, já recebemos o parecer favorável de todos os órgãos e o recurso não é liberado”, destacou.
Iris voltou a citar que a irregularidade que havia dado motivo para suspender a obra na gestão foi justamente a falta de pagamento, o que foi sanado na atual administração. “O motivo foi o não pagamento da contrapartida na gestão passada. Eu assumi a prefeitura com problemas financeiros e já no quinto mês, com todo o sacrifício pagamos mais de R$ 6 milhões. Então foi recomeçado o trabalho e depois 15 dias suspenderam de novo como se isso fosse uma brincadeira”, reclamou o prefeito.
As obras do BRT estão paradas desde julho e o prefeito disse que pretende retomá-las no início do ano que vem e que não medirá esforços políticos e econômicos. “Passamos este ano ajustando a máquina administrativa. A prefeitura estava totalmente descontrolada, endividada. Estamos lutando para pagar em dia o salário dos funcionários e cortando despesas. Vamos aumentar a arrecadação e no ano que vem vamos adotar o ritmo de trabalho que todos estão esperando de nós”, declarou.
Sobre as Frentes de Serviço, que são versões menores do Mutirão, o prefeito informou que terão continuidade na segunda semana de janeiro, no Jardim Cerrado. “Estaremos presentes nestes bairros mais afastados que não foram contemplados”, disse. Já os mutirões, que tiveram 12 edições neste ano, o calendário de 2018 será iniciado assim que passar o período chuvoso. “Vamos novamente realizar os mutirões com toda a nossa potencialidade”, informou.