Iris inicia viaduto da ENEL na BR 153

A Prefeitura de Goiânia iniciou nessa quinta-feira (28/5) as obras de construção do viaduto da BR 153, também conhecido como viaduto da Enel. Lançado em setembro do ano passado, o início do empreendimento acabou sendo adiado por conta da autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), liberada no dia 30 de janeiro e, posteriormente, pela desistência da empresa vencedora da concorrência pública. A segunda colocada, Construtora Ingá Ltda, assumiu o contrato e iniciou os serviços.

Os trabalhos estão acontecendo no Jardim Novo Mundo, com a limpeza do terreno e escavação do solo. A empresa também executará os serviços de terraplenagem, pavimentação, drenagem, sinalização, calçada acessível e obras complementares do viaduto. O prazo para conclusão é de 180 dias.

De acordo com o projeto, o viaduto ligará a Rua 117, no Setor Leste Universitário, à Avenida Rio Preto, no Jardim Novo Mundo, passando sobre a BR 153, no km 498. Pelas características, com infraestrutura e mesoestrutura em concreto armado moldado in loco, as obras não afetarão o trânsito, portanto, não haverá alterações de rotas no local e na região atingida. Já na BR 153, haverá interdições rápidas e alternadas na faixa direita do respectivo acostamento, quando a superestrutura metálica for montada.

A construção do viaduto visa desafogar o trânsito na região, resultado do forte adensamento de bairros das imediações, como o Jardim Novo Mundo e o Setor Leste Universitário, que não contam com entradas viárias nesta parte da cidade. A previsão é de que o viaduto atraia um tráfego de 2.500 veículos por dia.

O Setor Leste Universitário abriga cerca de 25 mil habitantes, sendo 7.457 hab/km². Já no Jardim Novo Mundo, englobando o Jardim Novo Mundo II e Jardim Novo Mundo Extensão, são mais de 40 mil habitantes, sendo 30.018,11 hab/km².

Além desses, também serão beneficiados pelo viaduto os bairros Água Branca, Jardim Califórnia, Chácara Califórnia, Aruanã III, Jardim Califórnia – Parque Industrial, Residencial Sonho Verde, Residencial Sonho Verde Complemento, Residencial Vale do Araguaia, Vila Maria Luiza, Vila Martins e Vila Martins Extensão.

“Somos extremamente preocupados com o sistema de transporte e a mobilidade urbana de Goiânia e essa obra é mais uma contribuição para aliviarmos a nossa malha viária em termos de trafegabilidade para todos os usuários da cidade”, reforçou o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Dolzonan da Cunha Mattos.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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