Iris quer Guarda Municipal fora das ruas

Ele determinou que GCM tome conta de prédios públicos da capital

O prefeito Iris Rezende (PMDB) proibiu a Guarda Civil Metropolitana de prestar serviço de segurança pública em Goiânia. “Isso é atribuição da Polícia Militar e da Polícia Civil”.   A GCM vai cuidar apenas de prédios públicos municipais, escolas, parques, postos de saúde, segundo a determinação do prefeito, para evitar que o patrimônio público seja depredado e que material seja furtado. “Estou certo de que não vão acontecer mais furtos em escolas do município. O comandante da GCM já está vendo como será isso, se será um guarda por escola ou em turnos”.

Ele lembrou que ao assumir a Prefeitura de Goiânia, mais de 50 guardas trabalhavam na região da Rua 44, no Setor Norte Ferroviário, para evitar a ação de camelôs. “Determinei que eles fossem remanejados para as escolas do município”, disse. O anúncio foi feito ontem, durante coletiva para falar do Programa Permanente Para Manutenção de Prédios Escolares – Escola Viva, da Secretaria Municipal de Educação.

O prefeito e o secretário de Educação e Esporte (SME), Marcelo Ferreira assinaram autorização para obras que vão beneficiar 118 escolas e Cmeis, com reparos na pintura, revisões na estrutura hidráulica e elétrica nos prédios. Até o início do próximo ano, mais de 300 escolas terão sido reformadas. Segundo a assessoria da Prefeitura de Goiânia, são 54 Cmeis e 64 escolas que vão receber em média R$ 15 mil do programa para o início dos reparos e das reformas nas instituições.

Isabel Oliveira

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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