Iris Rezende vai prestar contas na Câmara Municipal

A prestação de contas do 3º quadrimestre de 2017 está marcada para hoje. O prefeito Iris Rezende (MDB) irá apresentar relatório dos quatro últimos meses de sua gestão frente à Prefeitura de Goiânia. A prestação das contas públicas ao poder Legislativo estabelece limite de gastos e impõe controle e transparência às despesas municipais.
De acordo com a prévia do relatório enviado aos parlamentares, o prefeito afirma que houve redução de R$ 220 milhões sob a dívida acumulada na gestão anterior. “Reduzimos para R$ 380 milhões a dívida de R$ 600 milhões da gestão anterior, e ainda reduzimos o déficit mensal de 30 para R$ 19 milhões em um ano”, afirma Iris Rezende.
O relatório traz ainda um plano de ação para aumentar a arrecadação e conter despesas ao longo deste ano. A Prefeitura estima um acréscimo na arrecadação em torno de R$ 275 milhões, oriundos da atualização de alíquotas do IPTU e ITU promovida pela nova Planta de Valores Imobiliários, que deve gerar uma receita tributária de cerca de R$ 35 milhões.
Esta informação deverá ser tema de questionamentos, críticas e ataques da oposição, que luta pela revogação de artigos da Planta de Valores. “A cobrança de planta cheia é desigual os contribuintes, e se o prefeito vetar, vamos derrubar o veto”, afirma a vereadora Sabrina Garcez.
A prestação de contas ocorrerá no plenário, a partir das 8 horas e será coordenada pelo presidente da Comissão Mista, vereador Lucas Kitão (PSL). A expectativa é de casa cheia, tanto no plenário, quanto nas galerias.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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