Irmã e primo de Aécio são presos em Belo Horizonte

Andrea Neves, irmã e assessora do senador Aécio Neves, foi presa por agentes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal na manhã desta quinta-feira (18) em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

Segundo o portal de notícias G1, uma fonte da Polícia Federal confirmou que a irmã do senador foi presa em casa que fica em um condomínio fechado em Nova Lima. O advogado da Marcelo Leonardo, que deve fazer a defesa da irmã de Aécio, esteve na sede da PF em Belo Horizonte, para onde ela foi levada, mas disse que não vai se manifestar sobre a prisão neste momento.

Além de Andrea, outro parente do senador também foi preso durante a Operação da Polícia Federal na manhã de hoje: Frederico Pacheco de Medeiros. Ele foi preso em casa, no condomínio Morro do Chapéu, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo o jornal O Globo, o áudio gravado pelo dono do frigorífico JBS, Joesley Batista, mostra que Aécio indicou Frederico como “pessoa de confiança” para a entrega de R$ 2 milhões de propina para pagar sua defesa na Lava Jato.

Pacheco foi diretor da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), nomeado por Aécio, e um dos coordenadores de sua campanha a presidente em 2014.

Também foi preso o assessor parlamentar do senador Zezé Perrella (PMDB-MG), Mendherson Souza Lima, que é também cunhado e ex-vice-presidente da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).

*Com informações G1

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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