Irmão de Kim Jong-un foi assassinado em aeroporto da Malásia

Um homem de meia-idade com excesso de peso perambulava pelas lojas do aeroporto de Kuala Lumpur à espera do embarque. Duas mulheres se aproximaram e lhe aplicaram injeções. O homem começou a passar mal, caiu no chão, enquanto as duas mulheres correram para a saída a fim de fugir com um táxi. O desconhecido agonizava: levado em uma ambulância, morreu depois de poucos minutos a caminho do hospital de Putrajaya.

Esta foi a versão divulgada pela imprensa sul-coreana da morte de Kim Jong-nam, o irmão mais velho do líder supremo norte-coreano Kim Jong-un e cujo nome já chegou a circular como possível sucessor do pai de ambos, o Querido Líder, Kim Jong-il.

A agência sul-coreana Yonhap afirmou que o incidente ocorreu na segunda-feira (13) pela manhã. A rede de televisão Chosun afirma que as duas mulheres são, provavelmente, agentes norte-coreanas. Os dois veículos citam fontes oficiais do governo de seu país.

Em Seul, a notícia circulou somente à noite. Em Kuala Lumpur, a polícia da malásia depois de se limitar a confirmar que um cidadão norte-coreano havia morrido no caminho entre o aeroporto e o hospital, finalmente confirmou que se tratava do irmão de Kim Jong-un, informa a agência Reuters.

A polícia afirmou que Jong-nam planejava voar nesta segunda-feira de manhã da capital malaia para Macau, destacou que ainda ignora a causa da morte.

O crime aconteceu apenas um dia depois de o regime norte-coreano ter lançado ao mar um míssil balístico de médio alcance, iniciativa cujo objetivo seria testar o novo governo norte-americano de Donald Trump.

O assassinato de Kim vem se somar a uma série de ações novelescas de seu serviço secreto no exterior e que incluiu o sequestro de cidadãos japoneses, em território japonês, para levá-los à Coreia do Norte.

Este também seria o caso mais importante de morte violenta sob o regime de Kim Jong-un desde a execução, em dezembro de 2013, de Jang Song-thaek, tio do líder supremo e considerado até então como o verdadeiro mandante do país.

A execução de Jang Song-thaek, realizada com tiros de canhão, segundo asversões que circularam na Coreia do Sul, marcou uma virada na política norte-coreana. Jang tinha contatos importantes com Pequim e era defensor de uma aproximação com o país vizinho que incluía uma mudança de regime semelhante à que a China vem empreendendo na esfera econômica nos últimos 30 anos.

Desde então, e apesar de Mao ter certa vez qualificado a relação bilateral entre os dois países como tão próxima quanto sãos “os lábios e os dentes”, os vínculos entre os dois países tem estado muito abalados.

Kim Jong-nam não tinha em comum com Jang apenas os laços de família. Ele também possuía vínculos com a China.

Nascido em 1970, fruto de um relacionamento extraconjugal de Kim Jong-il com a atriz Song Hye-rim, ele foi inicialmente tratado como o herdeiro do regime. Era, provavelmente, o filho mais parecido com o pai em matéria de gosto: apreciava o cinema e as artes em geral. Mas, em 2001, foi flagrado quando tentava entrar no Japão com um passaporte dominicano falso e acompanhado de duas mulheres e um menino para visitar a Disneylândia de Tóquio.

Caiu imediatamente em desgraça –fato que abriu caminho para a chegada ao poder de Kim Jong-un após a morte do pai em 2011–, e desde então passou a passar a maior parte do tempo em Macau. Os analistas avaliam que ele era visto por Pequim como uma possível alternativa para liderar a Coreia do Norte em substituição ao irmão.

Em uma série de mensagens por correio eletrônico com um jornalista japonês, Jong-nam negou ter qualquer tipo de aspiração a governar o seu país natal e expressou seu apoio à ideia de reformas em um regime que ele considerava dinástico. Seu filho Kim Han-sol, que fez curso superior em Paris, já se pronunciou em termos semelhantes e chegou a chamar seu tio Jong-un de “ditador”.

Jong-nam já tinha sido alvo dos serviços secretos norte-coreanos no passado. Em outubro de 2012, promotores sul-coreanos afirmaram que um suposto espião do Norte havia admitido ter participado em uma ação que pretendia assassinar o irmão do líder supremo, fazendo o caso passar por um acidente de trânsito.

Naquele mesmo ano, uma revista russa, Argumenty i Fakty, afirmou que Jong-nam estava vivendo problemas econômicos depois que o regime norte-coreano suspendeu a verba de que ele desfrutava, em reprimenda às suas críticas ao sistema.

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Promotora desmente Fernando Pellozo sobre TAC de R$ 8 milhões para obra de hospital municipal

O atual prefeito de Senador Canedo, Fernando Pellozo (União Brasil), voltou a disseminar mentiras, numa clara tentativa de enganar a população. O pré-candidato não só prometeu, em pleno período eleitoral, a construção de um hospital municipal, como deu declarações falsas sobre o assunto. Em uma recente entrevista ao Jornal O POPULAR, Pellozo afirmou que o Município já dispõe de R$ 8 milhões, por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), para iniciar a obra.

A declaração, no entanto, foi desmentida nesta quarta-feira (14/08), pela promotora de Justiça Marta Moriya Loyola, titular da 2ª Promotoria de Senador Canedo. “O TAC no MP foi para a área do hospital”, esclareceu a promotora, por meio de um aplicativo de mensagens. “O município pode ter feito Termos de Compromisso, os quais não passam pelo MP”, frisou Loyola, deixando claro que Pellozo não prezou pela veracidade das informações prestadas à população.

 

Durante a entrevista concedida à jornalista Cileide Alves, do Jornal O Popular, usa de forma indevida o nome do MP, ao dizer categoricamente que dispõe de R$ 8 realização da obra. “Já vamos licitar o projeto e a gente conseguiu, através de TAC, via Ministério Público, 8 milhões para iniciar a construção.”
Pellozo foi questionado por Cileide sobre a adequação do valor para cobrir toda a obra. Ao dar a resposta, a mentira continua. “A obra é estimada em 33 a 35 milhões. E onde o senhor vai arrumar o recurso para isso? Então, aí a gente vai correr como todo bom prefeito em Brasília”, disse.

TAC
Entretanto, em nenhum momento o documento em questão, fornecido pela promotoria, cita a disponibilização da cifra de R$ 8 milhões mencionada por Pellozo. O termo apenas estabelece as diretrizes para desapropriação de um terreno de 20.482,19m² visando a “construção e implantação do Hospital Municipal de Senador Canedo em área a ser delimitada nas matriculas 28.145 e 28.146 do Cartório de Registro de Senador Canedo”.

Ainda segundo o TAC, o SCP RECANTO DAS FLORES, proprietário do imóvel da matrícula 28.145 e representado por Wagner Cabral no ato, acata “receber sua indenização referente à desapropriação, por meio de permuta em adiantamento da área de 10% (dez por cento), a qual deveria ser doada como área institucional em caso de efetivação do parcelamento de solo urbano de empreendimento imobiliário nos seus respectivos imóveis no Município de Senador Canedo”.

Vídeo onde prefeito afirma que o MP viabilizou R$ 8 milhões para obra do hospital:

 

Confira o TAC que desmenti o prefeito Fernando Pellozo aqui

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