Irmãos de sucesso: conheça Kaique e Felipe, dupla sertaneja que compôs para artistas renomados e se prepara para novas parcerias

Donos de hits e irmãos de sucesso: conheça Kaique e Felipe, dupla sertaneja que já compôs para Gusttavo Lima e Marília Mendonça

Naturais de Cabreúva (SP), irmãos lançaram música com Luan Pereira e agora preparam gravação e lançamento de parceria com Léo Santana.

Os irmãos Kaique e Felipe ainda eram jovens quando se apresentavam em uma pizzaria de Cabreúva (SP), cidade onde nasceram, para receberem um cachê de apenas R$ 50. O valor ajudou a dupla para que o talento fosse descoberto.

Anos depois, não apenas o público mudou, como também a vida da dupla: de um cachê com um valor “simbólico”, saltaram para apresentações em locais esgotados e passaram a cumular milhões de ouvintes nas plataformas digitais e parcerias com cantores renomados, sendo até mesmo “apadrinhada” por Sorocaba, da dupla com Fernando.

Sorocaba, da dupla com Fernando, é um dos maiores incentivadores de Kaique e Felipe. Depois de gravar a música “Cada Um Na Sua”, de autoria dos irmãos, a amizade se estreitou e o cantor apresentou os meninos para vários artistas, inclusive de outros segmentos musicais, como Anitta, Ludmilla e Dilsinho.

Kaique e Felipe começaram no mundo da música como compositores de canções que já ocuparam o topo das paradas musicais nas vozes de Henrique e Juliano (Arranhão, Traumatizei, Briga feia), Gusttavo Lima (Mala dos Porta Malas), Luan Santana (Erro planejado), Guilherme e Benuto (Esse B.O é meu e Vagabundo Chora), e As Patroas (Não sei o que lá, de Marília Mendonça, Maiara e Maraísa) e Jorge & Mateus (Haverá Sinais).

Foi em 2024 que a dupla lançou a música “Saveiro”, com o cantor Luan Pereira, que em cinco meses já acumulava mais de 100 milhões de reproduções nas plataformas digitais. Segundo a dupla, o sucesso “ultrapassou as fronteiras” e chegou a diversos outros países – algo que, até então, os irmãos jamais acreditavam que aconteceria.

Mesmo com o sucesso alcançado em 2024, a dupla jamais esqueceu de suas raízes, visitando, sempre que pode, amigos e parentes em Cabreúva (SP). Para os artistas além do sucesso, a cidade jamais será esquecida pela importância nas vidas deles.

O novo jingle de 2025 da TV TEM foi composto e interpretado por Kaique e Felipe. A canção traz uma sonoridade sertaneja autêntica, conectando-se diretamente com o gênero musical mais querido da região.

A dupla conta que ficou feliz em participar do projeto. “Quando a gente topou gravar uma música com a TV TEM, nós sabíamos da responsabilidade, pois a gente sabia a importância que a TV TEM no interior de São Paulo. Foi sensacional, uma experiência inesquecível.”

Para 2025, a dupla promete agitar o carnaval. Segundo Kaique, eles gravarão, ainda em janeiro, uma parceria com o cantor baiano Léo Santana, unindo o sertanejo, o pagode e o axé. “Essa música é para começar o ano com o pé direito. Em fevereiro, ainda vamos gravar um DVD super especial com várias participações que ainda são surpresa”, completa.

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Escolas de Campinas implantarão protocolo antirracista em fevereiro: capacitação de equipes e combate às práticas racistas. Redução das diferenças de aprendizagem é o foco.

Escolas da rede municipal de Campinas vão implantar protocolo antirracista a partir de fevereiro

Conjunto de ações inclui capacitação de professores e funcionários de colégios para identificar e evitar ações racistas. O objetivo é reduzir as diferenças de aprendizagem, diz o secretário adjunto.

Escolas da rede municipal de Campinas vão implantar protocolo antirracista

A rede municipal de educação, que reúne 65 mil alunos, vai implantar um protocolo antirracista a partir do primeiro semestre letivo de 2025, que se inicia em fevereiro. A medida começa com a capacitação das equipes escolares (o que inclui professores) para reduzir, nelas, a reprodução de práticas racistas.

A formação ocorrerá por meio de palestras que abordam as relações étnico-raciais e a valorização das culturas.

A implantação do protocolo, que ainda está finalizado, foi incluída nas ações e entregas previstas para os 100 primeiros dias de governo do segundo mandato de Dário Saadi (Republicanos) na prefeitura.

> “O propósito final é a gente ter construído uma política de educação antirracista, que seria um conjunto de ações perenes que vão permanecer impactando no processo educacional”, explicou o secretário Adjunto de Educação de Campinas, Luiz Marighetti.

Marighetti afirma que o protocolo serve como uma cartilha que identifica e descreve o que são atos de racismo, além de apontar as ações que precisam ser realizadas do ponto de vista educacional. Como acontece o encaminhamento, a caracterização e se é necessário dar tratamento criminal ou não.

> “A gente pretende começar a discutir a questão da aprendizagem das crianças de forma um pouco mais concreta, olhando para a realidade de escola por escola. Nesta tarefa que a gente está envolvido agora porque o propósito final é que a gente construa uma escola para todos”, fala.

Escolas da rede municipal de Campinas vão implantar protocolo antirracista a partir de fevereiro. — Foto: Milton Michida/A2/Governo de São Paulo

TRABALHO MINUCIOSO NAS ESCOLAS

“Existe um movimento de segregação pedagógica que muitas vezes é desconhecido pelo professor. Isso não ocorre necessariamente porque o professor é racista, mas muitas vezes porque ele não reflete se esse processo pedagógico é adequado para essas crianças, considerando a sua origem social e as necessidades mais pessoais”, secretário adjunto.

Com o protocolo, a meta é avaliar cada escola e entender como funciona a “distinção pedagógica”, que “também não é igual, não existe um padrão”. Depende de uma série de aspectos específicos de escola e local onde está inserida, afirma o subsecretário.

> “Existe o aspecto de olhar para essa realidade um pouco mais pedagógica, que também deve passar por um movimento onde todas as escolas. Cada uma, vai ter que olhar para dentro de si”.

O PROTOCOLO

O documento faz parte de uma das etapas do desenvolvimento da chamada cultura antirracista nas escolas. A previsão da secretaria é que o protocolo seja publicado no início do período letivo.

Já a construção da cultura antirracista, que foi iniciada como política pública em 2023 com a criação de um grupo de estudo, seja realizado até o fim de 2026.

Segundo Marighetti, foram encontradas incoerências em relação aos dados de alunos matriculados no sistema de ensino municipal, além de lacunas de informações no que se refere à aprendizagem e à questão racial.

O grupo de estudo, que buscou entender o quadro do racismo dentro das escolas, se expandiu no ano seguinte com a criação de grupos de trabalho para ações de identificação do racismo tanto em situações cotidianas como em atos de discriminação.

Para Marighetti, é importante compreender e atacar não apenas o “racismo mais concreto”, mas entender e melhorar a forma como os alunos rendem dentro das 203 escolas da rede, além de outras com contrato de colaboração que chegam quase a 250 unidades administradas.

> “A gente quer entender por que as crianças negras são as que têm o menor rendimento. Esse é o foco principal”, conta.

Lei que equipara o crime de injúria racial a racismo entra em vigor

GRUPOS QUE SOFREM PRECONCEITO

As ações em desenvolvimento, segundo Marighetti, não buscam reduzir desigualdades apenas para crianças negras, mas alcançar outros grupos que sofrem preconceitos, como jovens indígenas e ciganos.

“Não adianta mais a gente não ter situação de injúria racial na escola, mas as crianças pretas continuarem não conseguindo se alfabetizar na idade correta. Ou os meninos negros, ao invés de levarem nove anos para concluir o ensino fundamental, levarem 13 anos”.

> “No final das contas, uma política antirracista é efetiva não só se você não tem mais ato de racismo concreto, vamos dizer assim, de injúria. Não, não é só isso. Precisa também que todas as crianças continuem a aprender”, finaliza.

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