Irmãos erram alvo e matam pessoa errada em Goiânia

A Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) apresentará os resultados da investigações do homicídio ocorrido em março deste ano, num bar da região sudoeste de Goiânia.

De acordo com as informações apuradas, a briga começou entre duas mulheres que estavam no bar, os motivos da brigas não foram divulgados.

Logo após, uma das mulheres identificada como Leonice Moreira De Sousa, 23 anos, teria saído do bar acompanhada por seu irmão, Maico Douglas Moreira Sousa de 26 anos, e voltado, em seguida, com duas armas de fogo.

Os dois irmãos começaram a atirar em direção ao bar. Um dos disparos atingiu Jose Paixão Dos Santos, de 59 anos, que morreu no local.

Segundo as investigações, José Paixão não tinha nenhum envolvimento com a briga.

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Fraude em cartão de vacinas: Bolsonaro presta depoimento à PF

O ex-presidente Jair Bolsonaro deve comparecer na sede da Polícia Federal (PF) para prestar depoimento, na tarde desta terça-feira, 16, em Brasília. Bolsonaro deve dar sua versão sobre as investigações que apuram fraude nos cartões de vacinação dele, da filha, do ex-ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid, além de pessoas próximas.

 

O caso é analisado no âmbito da Operação Venire, deflagrada no dia 3 de maio. Bolsonaro e outras 15 pessoas são investigadas por infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.

 

O advogado de defesa de Bolsonaro, Marcelo Bessa, e o próprio ex-presidente deram o tom de quais serão os argumentos usados diante dos investigadores. Bessa chamou a Operação Venire, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes após pedido da PF, de “arbitrária”.

 

Após ser alvo da operação, Bolsonaro repetiu que não tomou a vacina contra a Covid-19 e negou ter falsificado dados. 

 

“Não existe adulteração da minha parte. Eu não tomei a vacina. Li a bula e não tomei. Minha filha de 12 anos não tomou. A Michelle [Bolsonaro] tomou nos EUA”, disse em frente à casa onde mora, em Brasília.

 

Em seguida, o advogado e assessor especial do ex-presidente, Fábio Wajngarten, disse que Bolsonaro nunca teve passaporte cobrado para entrar nos Estados Unidos e que ele se pronunciaria assim que tivesse acesso aos autos.

Certificados

 

As versões, no entanto, se chocam com as diligências da PF. Quando a documentação que embasou a prisão de aliados bolsonaristas, como o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, foi liberada por Moraes, tornou-se público que o usuário de Bolsonaro no aplicativo ConecteSUS, do Ministério da Saúde (MS), emitiu ao menos quatro vezes certificados de vacinação contra a Covid-19 que seriam do ex-presidente.

 

Três desses certificados foram emitidos nos dias 22, 27 e 30 de dezembro de 2022. Ou seja, os documentos foram emitidos antes de Bolsonaro embarcar para o autoexílio em Orlando (EUA), no início da tarde de 30 de dezembro.

 

Antes de Bolsonaro deixar a Presidência, o e-mail de acesso à sua conta no ConecteSUS estava em nome de Cid. Após o dia 30, o e-mail foi alterado, deixando o controle com Marcelo Costa Câmara, assessor especial do ex-mandatário. Os cartões de vacina foram posteriormente apagados.

 

Espera-se que a defesa de Bolsonaro insista no argumento de que ele não sabia do suposto esquema de falsificação nos cartões de vacinação e aponte Mauro Cid como o responsável pelas fraudes.

Depoimento adiado

 

O pedido da PF era para que Bolsonaro prestasse depoimento já em 3 de maio. No entanto, o ex-presidente optou por não falar na data, pois a defesa ainda não havia tido acesso ao processo. Wajngarten afirmou que o ex-titular do Planalto desconhecia o suposto esquema.

 

Segundo a PF, um grupo próximo a Bolsonaro, incluindo seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid, teria emitido certificados falsos de vacinação para pessoas que não tinham sido imunizadas a fim de que elas pudessem viajar e acessar locais em que a imunização era obrigatória. Para a Polícia Federal, Bolsonaro tinha ciência do esquema. 

 

“Jair Bolsonaro, Mauro Cid e, possivelmente, Marcelo Câmara tinham plena ciência da inserção fraudulenta dos dados de vacinação, se quedando inertes em relação a tais fatos até o presente momento”, diz a PF. 

 

A afirmação foi sustentada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

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