Os irmãos Lyle e Erik Menendez estão prestes a enfrentar uma nova audiência nos EUA, que pode decidir seu futuro após três décadas de prisão. A audiência, marcada para quinta-feira, 17 de abril, é resultado de uma decisão judicial que permite reavaliar a condenação à prisão perpétua sem liberdade condicional, imposta em 1996.

Defesa baseada em abusos

A família dos irmãos, incluindo a tia Terry Baralt, defende a libertação deles, argumentando que já pagaram pelo crime e que sofreram abusos nas mãos do pai, José Menendez, e da mãe, Kitty Menendez. Terry, de 85 anos, expressou preocupação em não ver os sobrinhos saírem da prisão, afirmando: “35 anos é muito tempo. É um ramo inteiro da minha família apagado.”

Os irmãos foram condenados pelo assassinato dos pais em 1989, em uma mansão em Beverly Hills. A defesa alega que agiram em legítima defesa após anos de abuso sexual e psicológico. A Promotoria, no entanto, os descreveu como assassinos a sangue frio, motivados pela herança de US$ 14 milhões.

O interesse pelo caso foi reacendido com o lançamento de uma série da Netflix, que apresenta os irmãos como vítimas de abuso. A defesa também pediu clemência ao governador da Califórnia, Gavin Newsom, que solicitou uma avaliação do caso ao conselho responsável por conceder a liberdade condicional.