Irritados com foto de Luiza Trajano com Janja, bolsonaristas pedem boicote ao Magazine Luiza

Uma foto está causando a indignação de eleitores bolsonaristas, que agora querem boicote contra o Magazine Luiza. Na imagem em questão, a presidente do conselho de administração, Luiza Trajano, aparece ao lado da primeira-dama, Janja Lula da Silva, durante o encontro da Women Led Cities, em Nova York.

O movimento ganhou força nas redes sociais, promovendo a hashtag #BoicoteMagazineLuizaNatal. A hashtag tornou-se um dos assuntos mais comentados do X (antigo Twitter) nesta quarta-feira, 20.

Apesar de o evento ter ocorrido há quase três meses, só agora a imagem ganhou repercussão nas redes sociais, levando os apoiadores do ex-presidente a defenderem o boicote à empresa no período natalino.

Em meio aos posts, internautas sugerem que as compras de fim de ano sejam direcionadas para as lojas da rede Havan, de Luciano Hang, conhecido apoiador de Jair Bolsonaro.

Luiza Trajano, anteriormente cotada como possível presidenciável em 2022, atualmente integra o “Conselhão” da presidência da República.

Outras campanhas

Esta não é a primeira vez que bolsonaristas tentam boicotar empresas em 2023. Em outubro, o alvo foi o chocolate Bis, após uma publicidade com o influenciador Felipe Neto, apoiador de Lula.

Tentativas sem sucesso ocorreram contra a marca de laticínios Piracanjuba, com Ivete Sangalo como garota propaganda, e durante o lançamento do filme “Ó Pai, Ó2”, de Lázaro Ramos.

Na presente semana, os bolsonaristas propuseram um boicote ao filme “Guerra Civil”, que conta com a presença de Wagner Moura, um dos artistas que apoiou Lula em 2022.

 

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Senado aprova projeto para proibir uso de celular em escolas

O plenário do Senado Federal aprovou, em votação simbólica, na noite de quarta-feira, 18, o Projeto de Lei 104/2015, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, sobretudo de telefones celulares, nas salas de aula dos estabelecimentos públicos e privados de ensino infantil e médio de todo o país.

O texto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados, na semana passada, em votação terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Apoiado pelo governo federal e por especialistas, o texto também teve rápida tramitação no Senado, indo direto para votação em plenário. Com a aprovação no Congresso, o projeto segue para sanção presidencial e poderá valer já para o ano letivo de 2025.

Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem legislações que restringem uso de celular em escolas.

De acordo com o relator do PL no Senado, Alessandro Vieira (MDB-SE), a medida não traz punições, mas “orienta uma política pública educacional”.

“Entre o início do período de aula até o final, o uso de celular está proibido, salvo questão de necessidade, como saúde. A regra é que o aluno deixe esse celular desligado, mutado, na sua mochila ou no estabelecimento que tiver espaço, e ele tenha concentração total na aula. É um projeto muito simples, ele quer resgatar a atenção do aluno, levar esse aluno a prestar atenção na aula”, argumentou o senador, durante a sessão de debates.

Apesar de ter obtido unanimidade entre os senadores, duas emendas chegaram a ser apresentadas. Uma delas, de autoria do senador Rogério Marinho (PL-RN), visava estabelecer a obrigatoriedade apenas no ensino infantil e fundamental, do 1º ao 9º ano, excluindo o ensino médio. O argumento do parlamentar era aplicar a política de forma gradual. A emenda acabou sendo rejeitada.

Uma outra emenda, de autoria do senador Eduardo Girão (Novo-CE), chegou a ser apresentada, para obrigar a instalação de câmeras em salas de aula, mas, após os debates, o parlamentar retirou a proposta, para reapresentá-la na forma de um projeto de lei em separado.

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