Em um movimento sem precedentes, Israel declarou o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, “persona non grata” na quarta-feira, 2. Essa decisão veio como uma resposta ao ataque lançado pelo Irã contra o território israelense na terça-feira, 1º, que não foi condenado de forma inequívoca pela ONU.
A declaração de António Guterres como “persona non grata” foi anunciada pelo ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz. Katz criticou a ONU por não ter condenado o ataque iraniano com mais de 180 projéteis contra Israel de forma suficientemente clara. Ele acusou Guterres de dar apoio a “terroristas, estupradores e assassinos” do Hamas, Hezbollah, Houthis e agora do Irã, caracterizando-o como uma “mancha na história da ONU”.
Ataque iraniano
O ataque iraniano ocorreu na terça-feira, 1º de outubro, quando o Irã lançou uma “chuva de mísseis” contra o território israelense. Esse ataque foi visto como uma retaliação pela morte de Ismail Haniyeh, chefe do Hamas, que o Irã atribuiu a Israel. O ataque resultou em ferimentos leves a duas pessoas e não atingiu infraestruturas estratégicas israelenses.
A comunidade internacional condenou o ataque iraniano. Países como os Estados Unidos, Reino Unido e França expressaram sua condenação ao ataque e pediram por uma desescalada no conflito. O Conselho de Segurança da ONU se reuniu para discutir a crise no Oriente Médio, refletindo a preocupação global com a escalada de violência na região.
A declaração de Guterres como “persona non grata” e o ataque iraniano contra Israel exacerbaram as tensões já existentes no Oriente Médio. Israel está planejando uma resposta ao ataque, prometendo demonstrar suas capacidades de “surpresa” e “precisão”. Além disso, as tensões entre Israel e o Hezbollah no Líbano também aumentaram recentemente, indicando um potencial agravamento do conflito na região.
A decisão de Israel reflete uma percepção de que a ONU não está cumprindo seu papel de manter a paz e a segurança internacional de forma eficaz. A crítica a Guterres por não condenar suficientemente o ataque iraniano sugere que Israel vê a ONU como parcial ou ineficaz em lidar com o terrorismo e a agressão estatal. Isso pode ter implicações mais amplas para a credibilidade e o papel da ONU em conflitos futuros.