Itália pede ajuda da comunidade internacional para enfrentar crise migratória

O número de migrantes que entram ilegalmente na Itália pelo Mar Mediterrâneo explodiu desde o início do ano. Diante da situação, o governo italiano pede, mais uma vez, a ajuda da comunidade internacional. A informação é da Radio France Internationale (RFI).

Segundo a Organização internacional para as migrações (OIM), houve alta de 30% no número de clandestinos que entram na Itália pelo Mar Mediterrâneo, partindo da Líbia. A estatística foi confirmada pelos governos de Roma e Trípoli.

Em discurso no Senado, o ministro italiano do Interior, Marco Minniti, pediu novamente ajuda à comunidade internacional para interromper o fluxo migratório procedente da Libia. O representante de Roma estima que seu país, mas também o governo líbio, são vítimas de um sistema de tráfico de pessoas.

Segundo a OIM, desde o início de janeiro 232 pessoas morreram tentando fazer a travessia entre os dois países. Na noite de terça (21) para quarta-feira (22), 630 pessoas foram salvas no Mediterrâneo quando tentavam desembarcar na Itália.

As autoridades líbias afirmam que as estatísticas da OIM são inferiores aos números reais. Trípoli informa que, desde o início de fevereiro, as forças do pais já salvaram, apesar de seus poucos recursos, cerca de 1.200 pessoas no mar.

a Líbia e a Itália assinaram, em janeiro deste ano, um acordo de cooperação para lutar contra a imigração clandestina. As autoridades europeias também já se manifestaram sobre a necessidade de fechar a rota migratória que se criou entre os dois países.

Fonte: Agência Brasil

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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