Itália registra novo terremoto de 4 graus

Um terremoto de 4 graus na escala Richter foi registrado na cidade de Áquila, na Itália, nesta segunda-feira (20), informou o Instituto Nacional de Geologia e Vulcanologia (INGV). O tremor ocorreu às 4h13, hora local ((00h13 no Brasil), e atingiu outras cidades da região central da Itália, como as comunas da região de Marcas. O sismo teve 11 quilômetros de profundidade e o epicentro foi registrado a 3 quilômetros (km) de Montereale e a 14 km de Amatrice – devastada por um tremor em agosto do ano passado. A informação é da Agência Ansa.

A região central da Itália vem registrando uma sequência de tremores desde o que devastou Amatrice, em 24 de agosto, totalizando quase 50 mil terremotos desde então.

Norcia 
Outra cidade devastada pelos terremotos de agosto, Norcia, teve um domingo diferente ontem (19). As primeiras 18 casas de madeira foram entregues aos moradores que perderam tudo. Todos os beneficiados moram no bairro de San Pellegrino.

“Este é o resultado de cinco meses difíceis, mas é também a melhor resposta que o Estado poderia dar. Hoje, podemos dizer que as instituições fizeram o melhor possível, mesmo com tantas dificuldades”, disse o prefeito da comuna, Nicola Alemanno.

Uma das idosas que recebeu a moradia não escondeu a emoção e disse que está “tremendo toda” ao voltar a ter uma casa.

Tajani visita áreas afetadas 
O novo presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, visitou a área central da Itália nesse domingo para demonstrar o apoio da União Europeia à população. “A mensagem que trago de Bruxelas é que a Europa não esquecerá o que aconteceu. A Europa já fez muito para os terremotos de Áquila e da Emília Romana e fará muito para o centro da Itália”, disse Tajani durante a visita, lembrando dos sismos de 2009.

O presidente ressaltou que o bloco já liberou 2 bilhões de euros em ajuda, mas lembrou que a Defesa Civil deu um retrato no qual se contam 25 bilhões de euros em danos. “Quando existe uma emergência, não há direita ou esquerda. Busquei levar ao debate [do Parlamento] a sensação de impotência da população, a sensação de viver como se a cabeça estivesse sempre girando. Eu percebi que a população quer ficar em seu território e tem vontade de recomeçar”, acrescentou.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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