Última atualização 05/07/2023 | 15:06
Uma mulher italiana, de 52 anos, surpreendeu os médicos após retirar um cisto de 5 quilo e cerca de 40 centímetros do ovário. O caso foi publicado em um artigo do American Journal of Case Reports e divulgado pelo jornal britânico Daily Mail.
“Na medicina moderna é raro encontrarmos um cisto de ovário de tais dimensões, já que a maioria dos casos é identificado em exames ginecológicos de rotina”, escreveram os médicos no artigo.
A cirurgia para retirada do tumor, que era benigno, durou cerca de seis horas e meia, e foi considerada de alto risco. Antes de retirar o útero e os ovários da italiana, os médicos drenaram aproximadamente 37 litros de um fluido marrom que havia se acumulado no abdômen da paciente.
A somatória do peso acumulado pelo cisto e o fluido colocou a italiana em uma situação de grau 3 de obesidade. Antes da cirurgia, ela estava com 123 kg e, após o procedimento, o peso foi para 70 kg.
Obesidade
Acreditando estar ganhando peso com a idade e estar “ficando obesa”, a italiana ficou 10 anos sem ir ao médico. Segundo as informações, em nenhum momento a mulher cogitou haver algum problema com o sistema reprodutor, uma vez que tinha o ciclo menstrual regulado.
Outro motivo para não ter cogitado algum problema no ovário é que não havia histórico na família da paciente. O tumor foi descoberto por meio de um exame de sangue que identificou várias proteínas circulando no corpo, sugerindo a possibilidade e a levando a fazer um ultrassom.
Ao constatar a presença do cisto, foi montada uma equipe com oncologistas, cirurgiões plásticos, cardiologistas e anestesiologistas para realizar a cirurgia. Para a operação, foram necessárias seis bolsas de sangue para estabilizar a saúde da italiana e, apesar do tamanho do tumor, nenhum órgão ao redor foi afetado.
Uma cirurgia plástica foi feita, após a drenagem, retirando cerca de 12 kg de pele e tecido muscular. A italiana ficou 30 dias internada e teve parada cardíaca e insuficiência renal aguda, mas conseguiu se recuperar.
Ela passou por diálises e terapias para tratar infecções ginecológicas. Além disso, passou por sessões de fisioterapia para reacomodar os órgãos no interior do corpo e por tratamento quimioterápico.