Itamaraty divulga que brasileiros estão feridos e desaparecidos em Israel

Os ataques do Hamas contra Israel, iniciados no sábado, 07, deixou centenas de mortos, milhares de feridos e dezenas de pessoas desaparecidas. Dentre os desaparecidos, estão dois brasileiros, Bruna Valeanu e Ranani Glazer, segundo comunicado do Itamaraty. Um outro brasileiro, Rafael Zimerman, ficou ferido com estilhaços de granada, mas já recebeu atendimento médico, está em choque, mas passa bem, conforme informou o órgão.

Uma outra pessoa com identidade brasileira e israelense também está desaparecida, mas ainda não se sabe sobre a identidade. Todos estavam em uma festa rave, inclusive Rafael.

Ao Jornal Nacional, um amigo de Rafael, o também brasileiro Felipe Jurek, contou que viajou 40 minutos para resgatar o rapaz. “Assim que eles começaram a ouvir as explosões, encerraram a música, todo mundo começou a correr para tudo que é lado, começaram a ouvir tiros, e aí eles correram para um bunker. Chegaram a matar um policial, tacaram granada dentro do bunker”, relatou.

Rafael foi transferido para um hospital em Haifa, mas, segundo Felipe, nem todo mundo sobreviveu.

O brasileiro Ranani Glazer é gaúcho e estava na festa quando o país foi bombardeado. De acordo com amigos do rapaz, ele chegou a se esconder em um abrigo, mas o local foi invadido e familiares não receberam notícias desde então. Ele postou fotos do festival que acontecia em Tel Aviv. Bruna Valeanu também estava na festa, mas não há informações sobre ela.

Aviões de resgate

O Brasil, como atual país presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), anunciou no sábado, 07, que iria convocar uma reunião de emergência sobre a guerra de Israel contra o Hamas. O Ministério da Defesa brasileiro afirmou ainda que irá enviar seis aviões para buscar os brasileiros que estão na região do conflito.

Na manhã de sábado, Israel sofreu um ataque surpresa pelo grupo e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou guerra.

Por meio de coletiva de imprensa, o ministro da Defesa, José Múcio, informou que está em contato com as embaixadas de Israel, Cisjordânia e outras regiões para receber uma lista de brasileiros que querem voltar para o país. O primeiro avião a ser enviado tem capacidade para 220 passageiros e deve chegar a Tel Aviv, com previsão de retorno para segunda-feira, 09, ou terça-feira, 10. Além disso, o Brasil enviará médicos e psicólogos para atendimento dos resgatados.

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Avião da Embraer pode ter sido abatido por sistema de defesa russo, indicam fontes

O acidente com o avião da Azerbaijan Airlines que deixou 38 mortos na última quarta-feira pode ter sido causado por um sistema de defesa aérea russo, segundo informações obtidas pela agência Reuters. A suspeita foi inicialmente levantada por Andriy Kovalenko, membro da segurança nacional ucraniana, que mencionou imagens mostrando coletes salva-vidas perfurados. Especialistas em aviação e militares corroboraram a análise, e até mesmo a mídia russa considerou a possibilidade de a aeronave ter sido confundida com um drone ucraniano.

Enquanto isso, as autoridades russas e do Cazaquistão pedem cautela. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que especulações sobre as causas são prematuras, e o presidente do Senado do Cazaquistão, Mäulen Äşimbaev, reforçou que a investigação está em andamento, garantindo transparência nos resultados.

O avião, que partiu de Baku, capital do Azerbaijão, com destino a Grozny, na Rússia, desviou significativamente de sua rota antes de cair no Cazaquistão. A companhia aérea inicialmente sugeriu que o acidente poderia ter sido causado por colisão com aves, mas especialistas descartaram essa hipótese. Serik Mukhtybayev, especialista cazaque, e o brasileiro Lito Sousa destacaram que os danos nos destroços apontam para uma causa externa, possivelmente relacionada a um ataque.

Relatos e análises reforçam a teoria de que o avião foi atingido por um míssil. Um piloto militar francês, sob anonimato, afirmou que os danos na cauda são consistentes com explosões de estilhaços. O blogueiro russo Yuri Podolyaka também mencionou sinais típicos de sistemas antiaéreos.

Dados do site Flightradar24 mostram que o avião enfrentou interferências de GPS antes do acidente, algo já atribuído à Rússia em ocasiões anteriores. A Chechênia, destino final do voo, havia sido alvo de ataques com drones no mesmo período, segundo informações locais.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, evitou especular, atribuindo o desvio de rota ao mau tempo. A caixa-preta do avião foi recuperada e será analisada para determinar a causa do acidente. Das 67 pessoas a bordo, 29 sobreviveram, sendo que 11 permanecem em estado grave.

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