No Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty), a orientação é de cautela diante das recentes ameaças feitas por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos (EUA), de impor uma taxa de 10% a qualquer país que se alinhar às políticas do Brics. A percepção dentro do governo brasileiro é que a medida não foi direcionada exclusivamente ao Brasil, mas sim a todos os países que compõem o bloco. Por isso, a recomendação é de aguardar e permitir que a situação se acalme antes de qualquer tomada de decisão.
Na declaração conjunta emitida pelo Brics, há uma menção de “preocupação” com as “medidas tarifárias”. O posicionamento do presidente Trump foi anunciado através de sua rede social Truth Social, sem esclarecer quais países serão afetados ou detalhar o que ele considera como “políticas antiamericanas” do Brics. A afirmação de que não haverá exceções à nova taxa reforça a necessidade de cautela por parte dos países envolvidos.
No último domingo, o Brics divulgou a “Declaração do Rio de Janeiro”, na qual há a defesa do multilateralismo e o fortalecimento das instituições internacionais, como a ONU, além do respeito ao direito internacional. O texto também expressa a rejeição a ações unilaterais que possam enfraquecer o sistema global, sem mencionar diretamente as medidas tarifárias anunciada por Trump. Essa postura reforça a posição do bloco em defender a cooperação e a não intervenção nos assuntos internos de cada país.
Diante da incerteza sobre quais países serão afetados pela nova taxação de Trump, o Itamaraty reforça a importância de buscar o diálogo e a negociação como forma de resolver conflitos. A diplomacia brasileira acredita que é preciso aguardar e entender melhor o contexto antes de tomar qualquer decisão precipitada. A ênfase na defesa do multilateralismo e no respeito ao direito internacional são valores fundamentais nesse momento de tensão entre os países membros do Brics e os Estados Unidos.
É importante ressaltar que as relações diplomáticas entre os países envolvidos são essenciais para a manutenção da paz e da estabilidade global. Portanto, a recomendação é de buscar soluções pacíficas e baseadas no diálogo, a fim de evitar possíveis conflitos que possam surgir a partir das decisões unilaterais de taxação. O momento requer serenidade e análise cuidadosa das consequências de qualquer ação precipitada, visando sempre o bem-estar e a segurança de todos os envolvidos.