Moradores avistam jacaré em cemitério de Osório
Na manhã deste domingo (29), foi avistado um jacaré no cemitério municipal de Osório, localizado no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. A equipe da Patrulha Ambiental da Brigada Militar foi acionada para realizar a remoção do animal, porém, ele não foi encontrado no local.
Imagens registradas por moradores da região mostram o jacaré próximo às sepulturas de parede, gerando apreensão entre aqueles que visitam o cemitério. De acordo com a Patram, foi identificado um buraco no muro por onde o animal teria conseguido entrar, entretanto, o responsável pelo cemitério não foi localizado para fornecer mais informações sobre os hábitos do jacaré.
O professor de biologia da Unisc, Andreas Kohler, afirmou que, pelas características observadas nas imagens, trata-se de um jacaré-de-papo-amarelo, uma espécie que tem se expandido pelo território gaúcho, apresentando diferenças em relação a outros répteis. A presença desse animal é comum em áreas próximas de recursos hídricos, sendo que Osório conta com 23 lagoas.
Para evitar possíveis incidentes, autoridades recomendam manter distância dos animais selvagens e não tentar resgatá-los por conta própria, deixando essa tarefa para profissionais especializados. A Brigada Militar e o Corpo de Bombeiros podem ser contatados pelos números 190 e 193, respectivamente, em caso de emergências relacionadas à presença de jacarés ou outros animais silvestres.
O jacaré-de-papo-amarelo, segundo informações da Fundação Oswaldo Cruz, possui coloração esverdeada, ventre amarelo e focinho largo. Essa espécie pode atingir até 3 metros de comprimento e viver cerca de 50 anos, sendo de hábitos noturnos e preferindo se aquecer ao sol durante o dia. Além disso, desempenha um papel importante no ecossistema ao realizar o controle biológico de outras espécies.
Em resumo, a presença de um jacaré em um cemitério de Osório chamou a atenção dos moradores e autoridades locais, evidenciando a importância de respeitar a vida selvagem e adotar medidas seguras em situações envolvendo animais potencialmente perigosos. A conscientização e o respeito pela natureza são fundamentais para garantir a convivência pacífica entre humanos e animais em ambientes compartilhados.