Jair Bittencourt retorna à Alerj: cenário político acirrado e disputas internas.

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Jair Bittencourt deixou o cargo de Secretário de Desenvolvimento Regional do Interior, Pesca e Agricultura Familiar do Rio de Janeiro para regressar à Assembleia Legislativa do Estado (Alerj). Essa exoneração, a pedido do governador Cláudio Castro, foi oficializada no Diário Oficial, e a ausência de um substituto nomeado até o momento sugere uma movimentação política que pode reacender disputas pelo comando da Casa. O retorno de Bittencourt é interpretado como uma estratégia do governo para reduzir tensões e reorganizar forças no plenário da Alerj.

O histórico de Bittencourt inclui uma tentativa fracassada de candidatura à presidência da Alerj em 2023, quando enfrentou Rodrigo Bacellar, também do PL, com apoio do presidente estadual da legenda, Altineu Côrtes. A contraposição entre Bittencourt e Bacellar foi resolvida com a vitória deste último, mas o retorno do primeiro à Alerj traz de volta as memórias desse racha interno no partido. A movimentação tem potencial para reacender rivalidades e tensionar ainda mais o ambiente político na Casa.

Apesar das especulações sobre retaliações no âmbito da Alerj, o presidente em exercício, Guilherme Delaroli, garantiu aos deputados carta-branca para reorganizar seus gabinetes e comissões sem interferências. A exoneração de Bittencourt surpreendeu o deputado Douglas Gomes, que votou pela manutenção da prisão de Bacellar e ressaltou sua postura ética e firme em relação ao seu voto. O retorno de secretários ao plenário é visto como uma estratégia do governo para reorganizar apoios e diminuir as tensões, promovendo uma interlocução mais direta com os parlamentares.

A próxima semana promete ser crucial com a possível saída do deputado Bruno Boaretto para a reintegração de Douglas Ruas, secretário de Cidades e filho do prefeito de São Gonçalo, Capitão Nelson, à Alerj. Ruas é considerado peça chave na construção de um novo bloco político na Casa e sua indicação sinaliza uma reaproximação entre Altineu Côrtes e Cláudio Castro. Esses movimentos políticos antecipados são vistos como estratégias eleitorais que prometem acirrar as disputas internas na Alerj.

A movimentação nos bastidores da Alerj sugere um cenário de cabo de guerra eleitoral, com potenciais candidatos como Rodrigo Amorim ganhando destaque. Amorim, líder do governo na Casa, tem se destacado pela sua postura de liderança e articulação interna. Enquanto isso, a possibilidade de uma nova eleição para o comando da Alerj agita os ânimos dos deputados, contrastando as visões de um ambiente pacífico e de conciliação com um cenário de confronto e disputas internas. O desenrolar desses episódios promete manter a Alerj em constante efervescência política.

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