O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro admitiu ter sido motivado por paranoia causada por medicamentos ao tentar manipular a tornozeleira eletrônica, de acordo com um documento da Reuters, um dia após ser preso preventivamente pela polícia federal e considerado um possível fugitivo. No sábado, o juiz da Suprema Corte, Alexandre de Moraes, ordenou a prisão do ex-líder de direita antes de uma manifestação planejada por seus apoiadores em frente à sua casa, afirmando que isso poderia minar a vigilância da polícia sobre sua prisão domiciliar. Também mencionou um relatório policial indicando que a tornozeleira eletrônica de Bolsonaro foi forçada. Em uma audiência de 30 minutos após sua detenção, Bolsonaro negou qualquer intenção de fugir da prisão domiciliar ou de remover o equipamento, alegando ter tido uma “alucinação” sobre um dispositivo de escuta na tornozeleira. Ele disse ao juiz que o mix de medicamentos prescrito por diferentes médicos levou a esse episódio, iniciando um deles apenas quatro dias antes de sua detenção. Bolsonaro afirmou que estava sozinho durante o episódio, já que todos em casa – sua filha, seu irmão e um conselheiro – estavam dormindo. Ele afirmou ter mexido na tornozeleira por volta da meia-noite antes de “recobrar a razão” e parar de mexer, informando os responsáveis pela custódia.