Jamaicana e venezuelano moram no aeroporto de Porto Alegre: caso semelhante ao filme ‘O Terminal’resultCodepoints; casal estrangeiro permanece por dias com cama e banho improvisados.

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Como no filme ‘O Terminal’: jamaicana e venezuelano moraram por dias no
aeroporto de Porto Alegre, com direito a banho e cama improvisados

Mulher de 34 anos permaneceu por cerca de dois meses no local até ser
encaminhada a uma unidade de saúde. Atraído por proposta de emprego, homem de 58
anos ficou uma semana no terminal até ser levado para abrigo da prefeitura.

Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, é uma movimentada porta de entrada para cerca de 25 mil passageiros diariamente, conforme informações da concessionária Fraport.

Entre os milhares de turistas e viajantes que desembarcam na capital, dois casos
estrangeiros demandaram atenção especial das forças de segurança: uma jamaicana
com cidadania canadense e um venezuelano moraram no terminal, em diferentes
momentos, neste ano.

A Fraport Brasil informou ao DE que
“colabora com a Polícia Civil, a Polícia Federal e demais instituições que
integram o complexo aeroportuário, sempre com foco na segurança dos passageiros
e das operações”.

De acordo com a titular da Delegacia de Polícia para o Turista (DPTUR), Roberta
Bertoldo, a mulher de 34 anos permaneceu cerca de dois meses nas instalações do
aeroporto, no início do segundo semestre. Durante o dia, a estrangeira saía, e à
noite retornava e dormia nas cadeiras.

“Em determinado momento, ela se retirou por alguns dias do aeroporto e teve as
bagagens e os pertences pessoais subtraídos. Fizemos contato, tanto nós como a
Polícia Federal, com a Embaixada do Canadá. Ela se recusava a falar com
qualquer pessoa, não queria sair daqui”, relembra a delegada.

Diante da resistência da estrangeira em manter um diálogo, em setembro, a
polícia acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para realizar
uma avaliação psíquica da turista. Após o atendimento inicial, foram
identificados traços de esquizofrenia, de acordo com Bertoldo.

“Fizemos então a remoção dela até o posto do IAPI, que acolheu essa jovem e
passou a medicá-la. Do posto, ela foi para o Hospital de Clínicas, que fez
contato com os serviços de saúde do Canadá e obteve êxito em conseguir os
prontuários médicos dela, confirmando o diagnóstico”, acrescenta.

A mulher segue sob acompanhamento médico em Porto Alegre.

Um venezuelano de 58 anos morou por cerca de uma semana no terminal aéreo. Ele
desembarcou na capital atraído por uma promessa de emprego, conforme as
autoridades.

Segundo a delegada, o homem não deixava o local pois temia se desencontrar com a
pessoa que teria oferecido o emprego caso saísse. Os banhos eram improvisados
nos banheiros.

Em outubro, as equipes conseguiram levar o homem até um abrigo da prefeitura.
“Dissemos que caso essa pessoa viesse até o aeroporto nós faríamos contato”,
complementa.

O que a delegacia procura, juntamente com a Fraport, é conversar com essas
pessoas, procurar acolhê-las, encaminhá-las até um abrigo da prefeitura, com
apoio da assistência social”, detalha a delegada.

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